Aliança global propõe governança responsável e acesso equitativo à IA

Inteligência Artificial, CIOs, governança

Em uma iniciativa liderada pela Aliança de Governança de Inteligência Artificial (AIGA), vinculada ao Fórum Econômico Mundial, foram divulgados três relatórios que propõem medidas para promover uma governança responsável e garantir acesso equitativo à inteligência artificial (IA) avançada em escala global.

A AIGA, composta por governos, empresas e especialistas, destaca a importância de moldar o desenvolvimento responsável, aplicações éticas e uma governança equitativa de IA. A Aliança enfatiza que, embora a IA tenha o potencial de abordar desafios globais, há riscos associados, como ampliação de disparidades ou desigualdades no acesso e na utilização de tecnologias digitais, como a internet e outras ferramentas relacionadas à era digital.

Os relatórios da AIGA oferecem recomendações específicas, incluindo a avaliação com base em casos de uso, governança multistakeholder, comunicação transparente, estruturas operacionais e gestão de mudanças. Além disso, a Aliança destaca a necessidade urgente de cooperação internacional para enfrentar a divisão digital, garantindo que países em desenvolvimento não sejam deixados para trás.

Cathy Li, chefe de IA, Dados e Metaverso do Fórum Econômico Mundial, enfatizou a posição única da AIGA em desempenhar um papel crucial na promoção do acesso global aos recursos relacionados à IA. “Devemos colaborar entre governos, setor privado e comunidades locais para garantir que o futuro da IA beneficie a todos”, declarou Li.

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As recomendações da Aliança incluem melhorias na qualidade e disponibilidade de dados em nível global, aumento do acesso a recursos computacionais e adaptação de modelos fundamentais para atender às necessidades locais. A AIGA busca não apenas estabelecer novos frameworks institucionais e parcerias público-privadas, mas também mobilizar recursos para explorar os benefícios da IA em setores-chave, como saúde e educação.

Nas palavras de Omar Sultan Al Olama, ministro para Inteligência Artificial, Digital Economy e Remote Work Applications dos Emirados Árabes Unidos, “este roadmap atesta sobre nossa crença na IA como ferramenta para o progresso e igualdade universais”. O compromisso é reforçado por Paula Ingabire, ministra de Tecnologia da Informação e Inovação de Ruanda, que destaca a importância de garantir que a região participe ativamente na definição do futuro da governança e acessibilidade da IA.

Em um esforço conjunto, empresas como IBM e Accenture, parceiras de conhecimento da AIGA, destacam a importância de promover uma IA responsável e ética. Gary Cohn, vice-presidente da IBM, ressalta a obrigação global de colaboração para criar diretrizes éticas e políticas que informem o design e a implementação da IA. Paul Daugherty, Chief Technology Innovation Officer (CTIO) da Accenture, destaca que os líderes no espaço da IA devem priorizar uma abordagem inclusiva, garantindo que os benefícios da tecnologia sejam compartilhados globalmente, inclusive em mercados emergentes.

A Aliança de Governança de IA do Fórum Econômico Mundial emerge como uma força catalisadora na busca por uma IA ética, responsável e acessível em todo o mundo, destacando a necessidade urgente de colaboração global para moldar o futuro dessa tecnologia.

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