Alphabet, controladora do Google, cortará 12.000 empregos

A Alphabet, empresa controladora do Google, está cortando 12.000 empregos, cerca de 6% de sua força de trabalho global, de acordo com um memorando interno de Sundar Pichai, CEO da Alphabet.

Em um e-mail na manhã de sexta-feira (20), Pichai disse aos funcionários que assume “total responsabilidade pelas decisões que nos levaram até aqui”, mas a empresa tem uma “oportunidade substancial à nossa frente” com seus investimentos iniciais em inteligência artificial.

A agência de notícias Reuters informou que as demissões são globais, mas devem afetar a equipe dos Estados Unidos imediatamente e afetarão equipes em toda a empresa, incluindo recrutamento e algumas funções corporativas, bem como algumas equipes de engenharia e produtos.

No e-mail, que já foi postado no blog da companhia, Pichai disse que a empresa pagará aos funcionários afetados pelo menos 16 semanas de indenização e seis meses de benefícios de saúde nos Estados Unidos, com outras regiões recebendo pacotes com base nas leis locais e práticas.

Quando contatado para uma declaração, o Google não ofereceu mais comentários além do e-mail de Pichai.

Em outubro de 2022, a Alphabet postou números abaixo do esperado para seu terceiro trimestre financeiro, onde ficou atrás das expectativas de receita e lucro. No entanto, enquanto o crescimento geral da receita desacelerou para 6% no trimestre para a Alphabet, o Google Cloud cresceu 38% em relação ao ano anterior, para US$ 6,9 bilhões, dando à empresa o suporte necessário.

Um mês depois, a agência de notícias The Information previu que o Google poderia cortar pelo menos 10.000 empregos depois que as mudanças no programa Google Reviews and Development (GRAD) da empresa significaram que os gerentes tiveram que alocar uma classificação de baixo desempenho para pelo menos 6% dos funcionários, em comparação com 2% no antigo processo de avaliação de desempenho.

Na época, alguns observadores do setor especularam que o movimento relatado para aumentar o número de funcionários classificados como de baixo desempenho terminaria com a perda de seus empregos.

A novidade vem logo após vários outros anúncios de demissões em larga escala de empresas de tecnologia, incluindo Microsoft e Amazon, que anunciaram que cortariam 10.000 e 18.000 empregos, respectivamente.

De acordo com o Layoffs.fyi, o rastreador online que acompanha as perdas de empregos no setor de tecnologia, nos primeiros 20 dias de 2023, 133 empresas de tecnologia demitiram 38.815 funcionários em todo o mundo.