Depois de demitir 18 mil em janeiro, Amazon corta mais 9 mil funcionários

A Amazon revelou nesta semana mais um corte massivo à sua operação. Em um memorando interno, assinado pelo CEO Andy Jassy, a companhia oficializou a demissão de 9 mil funcionários.

A demissão acontece poucos meses após a Amazon realizar o maior corte de sua história — desde 1994. Em janeiro deste ano, a empresa mandou embora 18 mil trabalhadores. As demissões, portanto, acumulam 27 mil funcionários em pouco menos de três meses.

A maioria dos novos cortes afeta as equipes da área de nuvem, a Amazon Web Services, a plataforma de streaming de games Twitch e os departamentos de recursos humanos e publicidade. Não há informações das geografias mais impactadas, tendo em vista a operação global da Amazon.

No memorando, Jassy justifica os cortes seguindo a cartilha dos lay-offs. Em pormenores, a empresa defende um ajuste na operação para apoiar um crescimento sustentável. Assim como outras empresas do setor, a Amazon ampliou suas contratações no período da pandemia para dar conta da alta demanda por seus serviços. Jassy afirma que essa expansão “fazia sentido diante do que estava acontecendo em nossos negócios e na economia como um todo”. No entanto, segue ele dizendo, “dada a economia incerta em que residimos e a incerteza que existe no futuro próximo, optamos por ser mais simplificados em nossos custos e número de funcionários”, escreveu.

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Outro trecho do comunicado do CEO da Amazon revela o porquê de a empresa não ter acrescentado as milhares de novas demissões àquelas anunciadas em janeiro. Segundo o executivo, nem todas as equipes concluíram suas análises sobre a necessidade de cortes em suas respectivas áreas. “E, em vez de apressar essas avaliações sem a devida diligência, optamos por compartilhar essas decisões conforme as tomamos, para que as pessoas tivessem as informações o mais rápido possível”, escreveu acrescentando que todo o processo deve ser concluído até meados de abril.

Segundo informações do Financial Times, a Amazon gastou US$ 640 milhões em indenizações no quarto trimestre de 2022, além de um adicional de US$ 720 milhões relacionados ao abandono de projetos imobiliários.

Com a justificativa de manter suas operações saudáveis, os grandes grupos de tecnologia que passaram por demissões massivas têm sido recompensados pelo mercado e seus investidores. Ainda de acordo com o Financial Times, os preços das ações da Meta, Alphabet, Amazon e Microsoft estão subindo desde o começo do ano.