Apático, Tite se despede da Seleção e explica por que Neymar foi escolhido para bater último pênalti

Em seu último jogo como técnico da Seleção Brasileira, Adenor Leonardo Bachi, o Tite, foi à tribuna na tarde desta sexta-feira, 9, explicar os motivos que levaram seus comandados a serem desclassificados da Copa do Mundo do Catar. Apático e com poucas palavras, o comandante informou que Neymar – que não cobrou um dos pênaltis que culminaram na eliminação brasileira contra a Croácia – seria o batedor da quinta e decisiva cobrança. “Fica a pressão maior para o jogador de maior qualidade”, justificou. Nas suas palavras, o Brasil não postou-se de maneira desorganizada durante a prorrogação. “Não concordo, estávamos numa ação ofensiva”, disse após ressaltar que os croatas tiveram apenas uma finalização no gol, a que resultou no empate. Ao ser questionado sobre sua saída do campo após o fim do jogo sem esperar os jogadores, que ainda estavam no gramado, Tite considerou que sua atitude “talvez” não tenha sido a mais adequada, mas ressaltou seu perfil reservado. “Não é na vitória, não é na vitória. Tu viu eu comemorando quando nós vencemos? Viu? Não, né. É o estilo”, pontuou. Adenor também lamentou a falta de efetividade da equipe e classificou esta como a principal deficiência coletiva no embate das quartas de final. Em comparação o técnico relembrou o confronto nas oitavas, contra a Coréia do Sul, quando a seleção marcou quatro gols. “Talvez a pressão não foi suficiente. Dividimos a alegria e a tristeza. Ninguém mais que nós queríamos [o título]. Tem uma geração bonita surgindo, vai se fortalecendo nas adversidades. Todos somos responsáveis. Não tem herói ou vilão. Futebol é assim”, considerou. Por fim, em uma das últimas coletivas como chefe da ‘amarelinha’, esquivou-se de realizar uma análise de seu trabalho nas últimas duas Copas do Mundo. “Vocês fazem os comentários de vocês daquilo de aconteceu. Está à mostra para análise. Não tenho condições de avaliar todo o trabalho”, finalizou.