Apple é processada nos EUA por propaganda enganosa envolvendo Apple Intelligence

A Apple está sendo processada nos Estados Unidos por propaganda enganosa e concorrência desleal relacionada ao lançamento do Apple Intelligence, conjunto de recursos de inteligência artificial (IA) anunciados com grande alarde, mas cuja entrega foi adiada. A ação foi registrada nesta quarta-feira (20) na Corte Distrital de San Jose, Califórnia, e busca status de ação coletiva, segundo reportagem publicada pelo Axios.
O processo representa consumidores que compraram iPhones e outros dispositivos supostamente compatíveis com os recursos de IA, acreditando que eles estariam disponíveis desde o lançamento.
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Expectativa criada, entrega frustrada
De acordo com a denúncia, a Apple realizou uma campanha massiva de marketing — na TV, internet e outros canais — para criar a expectativa de que os novos recursos, incluindo uma versão avançada da assistente virtual Siri, estariam prontos para uso assim que os aparelhos fossem lançados.
“A Apple sabia que sua campanha geraria uma empolgação sem precedentes, usada para incentivar consumidores a pagar preços premium por novos dispositivos”, afirma o processo.
A ação ainda afirma que os produtos vendidos possuem uma versão limitada ou até mesmo inexistente do Apple Intelligence, o que teria levado consumidores a comprar dispositivos baseando-se em promessas exageradas ou incorretas.
Anúncio com Bella Ramsey é citado na acusação
Um dos exemplos mencionados é um comercial de setembro de 2024, estrelado pela atriz Bella Ramsey, em que são destacados recursos de IA da Siri que ainda não foram disponibilizados. O anúncio chegou a ser removido do YouTube, mas, segundo os advogados, a Apple não retirou outras peças publicitárias enganosas do ar nem tomou medidas suficientes para reparar o prejuízo dos consumidores.
O processo foi movido pelo Clarkson Law Firm, escritório de advocacia que também processou Google e OpenAI por práticas relacionadas à inteligência artificial. A diferença, neste caso, é que a ação não trata de recursos problemáticos, mas sim de funcionalidades que sequer foram entregues.
A Apple não comentou oficialmente sobre o processo.
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