As 8 piores falhas tecnológicas de 2024
Alguns dizem que é possível aprender mais com o fracasso do que com o sucesso. Se for verdade, esta reportagem para você: a lista anual do MIT Technology Review com os maiores fiascos, golpes e fracassos em todas as áreas da tecnologia.
Alguns desastres foram tensos, como a IA “woke” que deixou o Google em apuros após criar nazistas negros. Outros resultaram em processos judiciais, como um erro de computador da CrowdStrike que deixou milhares de passageiros da Delta Airlines sem voo. Startups que cresceram rapidamente entre 2020 e 2022, impulsionadas pelas taxas de juros baixas, também fracassaram. Quando o cenário econômico mudou, o resultado foi falência e dissolução de projetos ambiciosos que não eram lucrativos e talvez nunca fossem.
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Gafe da IA “woke”
O Google quis combater o preconceito na IA, mas adicionou viés propositalmente. O resultado? Vikings negros e papas mulheres.
A ferramenta de imagem da IA Gemini, lançada em fevereiro, foi ajustada para mostrar diversidade em excesso, ignorando os livros de história. Quando pediram imagens de soldados alemães da Segunda Guerra Mundial, a IA criou algo parecido com um anúncio da Benetton com uniformes nazistas. Após críticas, o Google retirou a função e admitiu que a tentativa de inclusão havia “passado do ponto”.
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Boeing Starliner
O Starliner da Boeing, uma espaçonave reutilizável, deveria testar voos rápidos para a NASA. Em vez disso, deixou dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional.
Problemas com vazamentos de hélio e falhas nos propulsores forçaram a espaçonave a retornar vazia. Agora, os astronautas só voltarão à Terra em 2025, a bordo de uma nave da SpaceX. Para piorar, a Boeing também enfrentou problemas com aviões comerciais, uma porta se soltando em pleno voo e a renúncia do CEO.
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Falha da CrowdStrike
Em julho, milhares de computadores Windows exibiram a “tela azul da morte”. O culpado? Não foram hackers, mas um erro de atualização da CrowdStrike, empresa de cibersegurança.
O incidente causou um caos global: a Delta Airlines cancelou 7 mil voos e agora está processando a CrowdStrike em US$ 500 milhões. A empresa se defende dizendo que a Delta deveria ter feito uma melhor gestão.
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Fazendas verticais
A startup Bowery prometeu “revolucionar” a agricultura, cultivando alfaces em prédios com robôs e luzes LED. Após arrecadar US$ 700 milhões, a empresa faliu em novembro.
Bowery alegava que suas fazendas eram “100 vezes mais produtivas” que as convencionais. Na prática, suas alfaces eram caríssimas, e uma infecção em suas instalações dificultou a entrega.
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Pagers explosivos
No Líbano, pagers vendidos pela inteligência israelense começaram a explodir, ferindo e matando civis. O ataque foi descrito como uma tentativa de desabilitar o Hezbollah.
Embora eficaz, o ataque gerou questionamentos sobre possíveis crimes de guerra, já que um tratado de 1996 proíbe a fabricação de “objetos aparentemente inofensivos” para explodir.
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23andMe
A pioneira dos testes genéticos diretos ao consumidor está afundando. A 23andMe viu seu valor de mercado despencar para quase zero e demitiu sua equipe de desenvolvimento de medicamentos em novembro.
A empresa, outrora celebrada, agora enfrenta preocupações com o uso de dados genéticos se falir. A fundadora Anne Wojcicki é criticada por sua gestão centralizadora, enquanto os clientes começam a apagar seus dados por precaução.
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AI slop
“AI slop” é como chamamos o lixo gerado por IA que está inundando a internet. Pense em imagens bizarras, como o “Jesus feito de camarão”, ou postagens enganosas sobre furacões.
Esse conteúdo, embora às vezes divertido, é desperdício de tempo, raramente verificado e projetado apenas para ganhar cliques. Pesquisadores estimam que metade dos textos longos no LinkedIn e Medium já são parcialmente gerados por IA.
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Mercado voluntário de carbono
Empresas tentaram compensar suas emissões financiando árvores plantadas ou fogões mais eficientes. Mas, em 2024, o mercado voluntário de carbono desmoronou.
A Nori e a Running Tide, startups de compensação de carbono, fecharam as portas. Além da falta de demanda, o mercado é criticado por sua falta de credibilidade, com créditos duvidosos e compensações falsas. Em outubro, dois homens foram presos nos EUA por um esquema de US$ 100 milhões envolvendo créditos inexistentes.
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