Às vésperas da CPMI, governistas falam em golpe e rechaçam envolvimento no 8 de Janeiro: ‘Insanidade’

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), voltou a condenar nesta segunda-feira, 24, os atos de 8 de Janeiro. Em publicações nas redes sociais, Dino disse renovar a solidariedade com os Três Poderes, alvos dos ataques pelo que chamou de “terrorismo político”, e rechaçou que o episódio tenha sido uma armação de petistas. “Os terroristas atacaram as sedes dos Três Poderes, não só o Palácio do Planalto. Logo, se tudo foi ‘armação do PT’, os presidentes da Câmara, do Senador e do STF também participaram? Realmente esses golpistas são insanos. Mas não são maiores do que a lei”, assegurou Dino, em mensagem no Twitter. A fala do ministro acontece dias após o vazamento de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto que mostram a presença do então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no terceiro andar do prédio durante a invasão. As gravações, que viralizaram nas redes sociais, levantaram críticas ao governo e opositores questionam suposta participação de governistas nos ataques, hipóteses negada por aliados do Planalto.

“As imagens confirmam o que o povo brasileiro já sabe. O Brasil foi vítima de uma tentativa de golpe. Muitos criminosos já estão presos. Alguns conspiradores também. A Operação Lesa Pátria, da PF, não tem data para acabar. Todos serão identificados. A lei será cumprida”, disse o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, também no Twitter. Como a Jovem Pan antecipou, O vazamento dos vídeos que mostram o GSI de Lula no Planalto endossaram os pedidos para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Embora o requerimento para criação do colegiado tenho sido apresentado por opositores do governo, agora, lideranças e aliados do Executivo pedem a instalação da comissão para esclarecimento dos responsáveis envolvidos. A expectativa é que a leitura do requerimento da CPMI aconteça nesta semana, na quarta-feira, 26.