Infraestrutura da AWS poderá contribuir em até US$ 4,8 bilhões no PIB brasileiro

Executivos falam sobre investimentos da AWS e impacto no PIB

A AWS investiu, até este ano, mais de US$ 3,8 bilhões (aproximadamente R$ 19 bilhões) para construir, conectar, operar e manter data centers da empresa no Brasil. De acordo com Cleber Morais, diretor geral da AWS no Brasil, esse investimento na região América do Sul, contribuiu com cerca de US$ 4,8 bilhões (R$ 24,1 bilhões) para o PIB total do Brasil até 2023. Os dados foram anunciados durante o AWS Summit, em São Paulo.

Segundo o “Estudo de impacto econômico da AWS”, esse crescimento pode ser atribuído ao valor agregado pela AWS ao setor de tecnologia da informação, bem como aos gastos no país com bens e serviços relacionados à construção e operação de data centers da AWS.

Paulo Cunha, head de setor público da AWS na América Latina, explica que cada região (como a que está em São Paulo) é um conjunto de, geralmente, três data centers independentes. Eles têm cerca de 100 km de distância entre um e outro com autonomia de energia, água, tratamento e uma rede de alta velocidade que os une. Além da região, há as zonas de disponibilidade, que são zonas lógicas que se conectam com mais 31 regiões iguais ou maiores do que essa.

Questionado sobre a região do Rio de Janeiro, anunciada há mais de um ano, Pacu (como o executivo é conhecido) afirma estarem olhando para esse lançamento nos próximos anos. “Tem muita tecnologia acontecendo, muita infraestrutura nascendo e isso nos faz ter um planejamento mais adequado para atendermos a próxima demanda.”

Leia mais: AWS Summit: Nuvem se tornará necessidade de negócios

Os executivos também discutiram sobre a Pesquisa Global de Nuvem da Frost & Sullivan, que entrevistou 105 tomadores de decisão de nuvem no Brasil. De acordo com o levantamento, as empresas brasileiras gastam, em média, 10,22% da receita da empresa em TI e telecomunicações.

Além disso, 93% das organizações brasileiras relatam a adoção de uma abordagem de nuvem em primeiro lugar para todos as novas aplicações e 87% concordam que um ambiente de nuvem híbrida integrado é essencial para um negócio competitivo bem-sucedido. A pesquisa também constatou que 91% das organizações brasileiras usam a nuvem para pelo menos algumas de suas aplicações de negócios, com 80% usando uma nuvem híbrida (ou seja, a nuvem mais um data center local). As empresas brasileiras relatam que, em média, 55,4% de suas aplicações de negócios agora são criadas para a nuvem e seus volumes de dados estão crescendo mais de 44% ao ano.

Evolução dos mercados de nuvem no Brasil

Para Cleber, a adoção da nuvem aconteceu em quatro ondas. “As startups abraçaram o modelo de nuvem e viram a oportunidade de crescer seus negócios. Em um segundo momento vieram as fintechs. A terceira onda foram as grandes empresas abraçando. E agora vemos as empresas de pequeno e médio porte abraçando essa jornada.”

No caso das instituições públicas e governamentais, Pacu diz que o primeiro movimento foi na área de educação. “Hoje, são centenas de grupos e escolas que proveem para milhões de alunos. A pandemia acelerou tremendamente no ensino à distância, mas não para aí. Com Machine Learning, por exemplo, teremos personalizações no detalhe.”

A evolução em saúde também é exponencial. Ele cita as oportunidades de hospitais de referência e outros grupos usando a nuvem para a melhoria de diagnóstico, telemedicina e sistemas de gestão. “Depois veio o governo. Hoje, as três camadas do governo usam de nuvem. A estimativa é que 1.200 municípios já estejam usando nuvem, principalmente em sistemas de gestão.”

AWS e Sustentabilidade

Em 2022, a Amazon anunciou seu primeiro projeto de energia renovável no Brasil: uma fazenda solar com capacidade de 122 megawatts (MW). Este projeto inclui um investimento dedicado de US$ 380 mil (R$ 1,9 milhão) durante a fase de construção para programas que visam apoiar o desenvolvimento da economia local e proteger o meio ambiente, oferecendo benefícios econômicos duradouros. Após a conclusão, a fazenda solar deverá produzir 306 mil megawatts-hora (MWh) por ano: uma capacidade qualificada para fornecer energia a uma cidade com 170 mil residências brasileiras ou a 680 mil residentes brasileiros.

Além disso, a Amazon fundou a iniciativa Climate Pledge junto com outras empresas e se comprometeu a ser carbono zero em seus negócios até 2040, 10 anos antes do Acordo de Paris.  A empresa está no caminho de abastecer todas as suas operações, incluindo seus data centers, com 100% de energia renovável até 2025, cinco anos antes de sua meta original de 2030.

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