Biden critica republicanos e volta a dizer que opositores fazem economia dos EUA de ‘refém’

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a acusar os republicanos, nesta sexta-feira, 5, de fazerem a economia americana de “refém”, ao condicionarem o aumento do teto de dívida a um corte “drástico” dos gatos públicos. O democrata disse que iria falar aos líderes do Congresso, em reunião de terça-feira, que devem fazer “o que todos os outros Congressos fizeram: aprovar (o aumento) do limite da dívida, evitar o default”, frisou. A declaração ocorre em meio uma disputa parlamentar para aumentar o limite de endividamento do governo. Na semana passada, os republicanos votaram para aumentar o limite da dívida nacional, mas exigiram cortes orçamentários drásticos, enquanto tentavam confrontar Joe Biden sobre gastos “excessivos”. Embora os Estados Unidos tenham atingido em janeiro seu limite de endividamento de US$ 31,4 trilhões (R$ 164,5 trilhões, na conversão da época), o Tesouro tomou medidas extraordinárias que permitem continuar financiando as atividades do governo, evitando assim um default. Se o teto da dívida não for elevado ou suspenso pelo Congresso antes que o prazo atual se esgote, o governo corre o risco de não cumprir suas obrigações de pagamento, com profundas implicações para a economia. Inclusive, na última segunda-feira, 1º, a secretária do Tesouro norte-americano,  Janet Yellen, disse que o EUA poderá deixar de pagar sua dívida pública em junho. “Nossa melhor estimativa é que seremos incapazes de continuar cumprindo todas as obrigações do governo no início de junho, e potencialmente até 1º de junho, se o Congresso não aumentar ou suspender o limite da dívida antes disso”, afirmou Yellen em uma carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. “Dadas as perspectivas atuais, é imperativo que o Congresso aja o mais rápido possível para aumentar ou suspender o limite da dívida para fornecer certeza de longo prazo de que o governo continuará a cumprir seus pagamentos”, acrescentou Yellen.