Biden e Republicanos entram em acordo para ampliar teto de gastos e impedir calote

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os parlamentares Republicanos chegaram a um acordo sobre um aumento no teto de gastos norte-americano. A informação foi confirmada pelo líder republicano no Congresso, Kevin McCarthy, na noite do último sábado, 27, após o risco iminente que o país corria de um calote no pagamento de suas dívidas. Na última sexta-feira, o Departamento do Tesouro havia informado que o governo dos Estados Unidos não teria fundos para pagar todas as suas contas à partir do próximo dia 5 de junho, caso o acordo não fosse concretizado. O limite do endividamento público norte-americano de US$ 31 trilhões (cerca de R$ 153 trilhões), foi atingido em 19 de janeiro e, desde o dia em questão, não houve movimentações para alinhar as contas da Casa Branca. Num Congresso dividido e com maioria simples republicana na Câmara e maioria simples democrata no Senado, Biden passou a tentar, desde a última semana, articular um acordo para que o teto de gastos dos Estados Unidos aumentassem. Republicanos buscavam a inclusão de corte de gastos na medida e os democratas encontravam-se reticentes quanto a medida. Ao ceder, o acordo foi firmado na possibilidade do teto de gastos aumentar nos próximos dois anos, desde que um corte de gastos seja promovido pelo atual governo. A possibilidade dos Estados Unidos darem um calote gerou uma expectativa negativa nos especialistas, já que economistas norte-americanos passaram a divulgar que um possível calote das dívidas faria com que o mercado de ações pudesse sofrer uma desvalorização de 45%.