Biden faz novas críticas a Israel, mas promete apoio a Netanyahu frente a ameaças do Irã

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta quarta-feira (10), que Israel não está deixando entrar em Gaza a ajuda humanitária necessária para atender à população civil do território palestino, afetada pelo conflito com o grupo islamista Hamas. Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, o mandatário disse que a quantidade de ajuda que chega a Gaza “não é suficiente”, depois de um telefonema tenso com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Há algum tempo, os Estados Unidos lançam ajuda de aviões sobre Gaza, enquanto a ONU diz a Israel que a via terrestre é essencial para fazer a assistência adequada chegar à população.

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Durante a coletiva, Biden também urgiu o Hamas a avançar sobre a proposta de cessar-fogo em Gaza e o acordo de libertação de reféns. “Agora é com o Hamas, eles precisam avançar sobre a proposta que foi feita”, disse o presidente americano. Em paralelo, o norte-americano prometeu apoiar Israel frente a ameaças do Irã. “Como disse a Benjamin Netanyahu, nosso compromisso com a segurança de Israel contra essas ameaças do Irã e de seus aliados é sólido”, disse. O Irã promete retaliar os israelenses após o ataque a seu consulado na Síria. Biden deu essa declaração apesar de ter declarado publicamente que o premier de Israel comete “um erro” na Faixa de Gaza.

Nesta quarta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que Israel “será punido” pelo ataque aéreo de 1º de abril em Damasco, que matou sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo dois generais. “O regime maligno cometeu um erro. Deve ser punido e será punido”, afirmou Khamenei em pronunciamento na TV. Khamenei afirmou que o ataque, que destruiu o anexo de cinco andares que funcionava como consulado da embaixada iraniana na Síria, ignorou os compromissos internacionais que garantem a inviolabilidade das sedes diplomáticas. O Irã ameaçou na semana passada responder ao ataque, que aumentou a tensão regional em meio ao conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, apoiado por Teerã.

*Com informações da AFP