Bradesco enfrenta segundo dia de queda das ações; entenda por que o banco tem decepcionado o mercado

O Bradesco, que já foi o maior banco do Brasil e um principais do país, tem sofrido duras quedas nos últimos anos. Na quarta-feira, 7, por exemplo, quando divulgou seu balanço do quarto trimestre do ano passado, a empresa teve uma queda significativa que fez com que o banco perdesse R$ 24,1 bi, e caísse para a quarta posição no ranking dos maiores bancos do país em valor de mercado. Até o final de 2023, o Bradesco ocupava a segunda posição. Nesta quinta, as quedas continuaram e, por volta das 15h, os papéis desvalorizaram 4,08%, para R$ 13,39. Na quarta estava em R$ 13,96. No quarto trimestre de 2023, por exemplo, o banco reportou um lucro de R$ 2,9 bilhões, enquanto a expectativa do mercado era de um ganho de R$ 4,6 bilhões.

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O lucro líquido recorrente do Bradesco em 2023 foi de R$ 16,297 bilhões, uma queda de 21,2% em relação ao ano anterior. Esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, o que aumentou a frustração dos investidores. Além disso, o plano estratégico para o período de 2024-2028, divulgado pelo presidente-executivo Marcelo Noronha, também não foi bem recebido pelo mercado. Diante dos resultados negativos que tem sido registrados,  o novo CEO do banco, Marcelo Noronha, que assumiu o cargo em novembro, divulgou seu plano estratégico para os próximos cinco anos e afirmou que este será um ano de transição e que os primeiros resultados positivos devem ser percebidos em 2025.

Como resultado, as ações do Bradesco despencaram mais de 15% na Ibovespa.  Para reverter essa situação, o Bradesco está adotando algumas medidas. Uma delas é a criação de uma nova área de alta renda, chamada de afluente, que já conta com 1,7 milhão de clientes. Além disso, o banco pretende investir em tecnologia, criando um superaplicativo e contratando entre 2 mil e 3 mil pessoas na área de tecnologia.

O plano estratégico do Bradesco foi elaborado em apenas 60 dias, com a consultoria da McKinsey. O banco também está reduzindo sua estrutura de administração, com menos níveis hierárquicos, e revisando seus modelos de crédito, utilizando inteligência artificial generativa. A expectativa é que essas medidas ajudem o Bradesco a retomar a rentabilidade nos próximos anos.

*Reportagem produzida com auxílio de IA