No Brasil, 28% das organizações usam tecnologia em prol de metas de sustentabilidade

Pessoa usando um laptop com ícones digitais relacionados a ESG (Environmental, Social, and Governance) sobrepostos na imagem. Ícones incluem temas como energia renovável, emissão de CO₂, reciclagem, metas e sustentabilidade ambiental, empresa

Embora 84% das organizações digam que dão alta importância estratégica às próprias metas de sustentabilidade, apenas 21% usam tecnologia para reduzir pegada ambiental e alcançar objetivos nessa área. No Brasil, o número de empresas que coloca a sustentabilidade no topo das prioridades (63%) é menor que a média global, mas as que usam tecnologia com esse fim estão em maior proporção (28%).

Os números fazem parte de um estudo divulgado na sexta-feira (22) pela Kyndryl, conduzido pela Ecosystm e encomendado pela Microsoft. A segunda edição do Barômetro Global de Sustentabilidade indica que, desde o ano passado, 38% das organizações do mundo e 27% no Brasil aumentaram metas de sustentabilidade e execução de programas.

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“À medida que o mundo enfrenta desafios crescentes relacionados ao clima, as empresas estão sob pressão para agir de forma decisiva e colocar a sustentabilidade em primeiro plano”, diz em comunicado Faith Taylor, diretora de cidadania corporativa e sustentabilidade da Kyndryl.

Segundo o estudo, diz a Kyndryl, os líderes reconhecem cada vez mais os benefícios das iniciativas de sustentabilidade para as organizações. E que incorporar a tecnologia às estratégias pode transformar metas abstratas em planos acionáveis e orientados por dados.

Oportunidades de melhoria

O estudo mostrou que 54% das empresas no mundo (e 58% no Brasil) dizem que metas e iniciativas de sustentabilidade estão incorporadas aos processos de relatórios existentes. Mas apenas 19% (17% no Brasil) usam dados para planejamento estratégico e tomada de decisões.

Segundo 55% dos pesquisados no mundo e 37% no Brasil, a inteligência artificial (IA) afetará significativamente metas de sustentabilidade. Mas muitos (62% no mundo e 52% no Brasil) limitam as iniciativas à análise de dados históricos para monitoramento e relatórios.

Embora o uso de IA para a sustentabilidade esteja ganhando força, o impacto ambiental da tecnologia também é uma preocupação. Mas somente 35% das organizações estão considerando as implicações energéticas do uso de IA. No Brasil esse o número é mais baixo: apenas 8% demonstram preocupação.

A segunda edição do Barômetro Global de Sustentabilidade foi conduzida pela Ecosystm e encomendado pela Kyndryl e pela Microsoft. Foram ouvidos 1.355 líderes globais de sustentabilidade em 20 países e 9 grupos industriais entre agosto e setembro de 2024.

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