Brasileiro que mora em Israel relata momentos de pânico e diz que Hamas não pensa nas consequências ao próprio povo

O advogado Marcos Jaimovick, brasileiro que mora desde 2018 em Israel, relatou nesta segunda-feira, 9, os momentos de pânico que vive com a sua família após o grupo Hamas iniciar ataques contra o território israelense. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Marcos contou que as ruas de Ra’anana, onde mora, estão vazias e afirmou que a população está com medo das consequências do confronto. “Não vê quase ninguém transitando nas ruas. As pessoas estão tensas e não sabem ainda o que vai acontecer. Sabemos que é um evento muito complexo, que terão consequências grandes nos próximos dias. O sentimento nosso é que acabe da melhor forma, que garanta a nossa segurança e que possamos sair dessa situação de ataque contínuo. Milhares de foguetes são lançados por parte do Hamas. Não sei que resposta esperam de Israel”, explicou o brasileiro.

Há dois dias, o Hamas iniciou um ataque contra Israel. O confronto entre o grupo palestino e israelenses entrou em seu terceiro dia e já soma ao menos 1.200 mortos e uma onda de destruição. Novos tiroteios e bombardeios já foram registrados nesta segunda, além dos ataques que ocorreram no fim de semana. Forças dos dois lados se enfrentam em diversas frentes de batalha. Marcos Jaimovick ainda comentou que o Hamas não pensa nas consequências do próprio povo e reforçou que o pensamento dos israelenses é de que a “violência não vai levar a nada”. “Um ataque contra dois povos. Em um primeiro momento achamos que nós estamos sendo atacados, mas na verdade eles também estão se atacando. Essa reação gera uma reação esperada. No entanto, quem determina esses ataques não estão na Faixa de Gaza. Um grupo de liderança terrorista que está no Catar e em outros países não pensa na consequência do próprio povo deles. Então foi um ataque cometido contra dois povos. Agora estamos tentando lidar com as consequências. É um evento que ainda está se desenrolando. Israel conseguiu de alguma forma esboçar uma reação, mas é um processo que será longo. Essas cenas que estamos vendo pelos dois lados vai se repetir pelos próximos dias. Não é uma coisa que deixa nós israelenses felizes. Diferente de umas pessoas que comemoram, nosso pensamento coletivo é de que a violência não vai levar a nada”, completou.

Confira a íntegra da entrevista com o advogado Marcos Jaimovick: