Brasileiros deixariam emprego por discordar de valores da empresa

Os valores da empresa e os propósitos dos empregadores têm se tornado cada vez mais relevantes na hora de contratar talentos mundo afora. No Brasil, essa realidade também não é diferente. Segundo estudo global da Randstad, “Workmonitor”, realizado com 35 mil profissionais em 34 países, inclusive no Brasil, metade dos profissionais brasileiros afirma que deixaria seu emprego caso não nutrissem um sentimento de pertencimento com a empresa onde trabalham.

Para a geração Z, o índice é ainda maior (61%).

Dos entrevistados brasileiros, 88% afirmaram que valores e propósitos do empregador são importantes. A porcentagem é superior ao nível global, de 77%.

Os achados da pesquisa servem de alerta para as empresas contratantes que disputam talentos. A valorização das questões sociais e ambientais se mostrou também importante, com 48% dos profissionais nacionais afirmando que não aceitariam um emprego em uma empresa que não estivesse alinhada aos seus valores sociais e ambientais.

“Na prática, o ESG se tornou um pilar essencial para se tornar competitivo no mercado. As pessoas, sobretudo das gerações mais novas, estão cada vez mais conscientes das suas causas. O negócio olha para fora e o propósito olha para dentro, consolidando valores e a cultura organizacional. É uma pauta central para colaboradores, investidores e clientes”, afirma Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil.

Battaglia acrescenta que as empresas atualmente passam por um momento em que os sistemas arcaicos estão sendo desafiados. “São inúmeras mudanças culturais e de valores, o que vem exigindo das organizações adaptações. Diante da escassez de talentos, quando o propósito está alinhado e as pessoas se identificam com ele, também no âmbito pessoal, naturalmente as empresas retêm esses profissionais”, conclui o executivo.