Brisanet cresce na base de clientes fixos e móveis e mantém rentabilidade no início de 2025

A Brisanet registrou receita líquida de R$ 391,6 milhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi sustentado principalmente pela expansão da base de clientes de banda larga fixa e pelo avanço da operação móvel, que já alcança 258 municípios.

Entre janeiro e março, a operadora adicionou 47 mil clientes de banda larga, somando 1,49 milhão de acessos no total, e conquistou 113 mil novos clientes móveis, elevando sua base para 452 mil usuários no segmento. Em fibra óptica (FTTH), o crescimento da base foi de 141 mil acessos em 12 meses. No FWA, a empresa contabiliza 32 mil contratos, alta de mais de 300% na comparação ano a ano.

O EBITDA ajustado somou R$ 173,2 milhões, alta de 22,1% em um ano, com margem de 44%. O resultado operacional foi beneficiado pela diluição de custos fixos e pelo aumento de escala tanto nas redes fixas quanto móveis. O lucro líquido do trimestre ficou em R$ 20,4 milhões, valor semelhante ao do primeiro trimestre de 2024, influenciado por maiores despesas financeiras.

Capex elevado e pressão sobre a dívida líquida

A Brisanet investiu R$ 315 milhões no período, o que representa 80% da receita líquida do trimestre. Os aportes contemplaram expansão de rede móvel 5G e reforço de infraestrutura FTTH. A companhia indica que os maiores desembolsos estão concentrados no primeiro semestre.

Esse movimento de investimento levou a um aumento de 5,2% na dívida líquida em relação a dezembro, alcançando R$ 1,43 bilhão. O indicador de alavancagem (dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses) caiu de 2,25x para 2,21x no encerramento de março.

Entre 2024 e o primeiro trimestre de 2025, a companhia contratou R$ 974 milhões em crédito com taxas competitivas, incluindo R$ 200 milhões via BNDES FUST. As debêntures representam parte expressiva do endividamento, com vencimentos escalonados até 2030 e remunerações atreladas ao IPCA ou CDI.

Receita do móvel cresce, mas banda larga segue como pilar

A receita bruta total atingiu R$ 434,3 milhões, com destaque para os segmentos de banda larga B2C (R$ 337,5 milhões) e B2B (R$ 33,1 milhões), ambos com crescimento de 10,8% na comparação anual. O ARPU B2C manteve-se estável em R$ 87,87. A receita móvel chegou a R$ 21,6 milhões, mas ainda representa parcela minoritária do faturamento.

A Brisanet reforça que a infraestrutura móvel já cobre 12 milhões de habitantes e que a estratégia de verticalização da operação – incluindo data centers próprios e backbone com mais de 46 mil km – sustenta ganhos de eficiência e suporte ao crescimento.

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