Calor extremo causa desconforto nas ruas, provoca tempestades e faz consumo de energia bater recorde histórico

A onda de calor que atingiu Estados da região Centro-Oeste e Sudeste fez com que a demanda de energia batesse o recorde. O pico de consumo foi às 14h17 desta segunda-feira, 13, quando o Sistema Interligado Nacional (SIN) despachou 100.955 megawatt (MW) em energia. Foi a primeira vez que o consumo ultrapassou 100 MW. A marca anterior era de 97.659 MW, medida em 26 de setembro, quando vários Estados encarou altas temperaturas. O efeito das altas temperaturas é sentido por quem utiliza o transporte público para ir ao trabalho. É o caso do gerente de TI, Diogo Rosa Ferrão. “Peguei o trem por volta das 7h, saio de Santo André para o centro de São Paulo. O trem está lotado e o ar condicionado não dá conta. Chego todo suado no trabalho. Os mais velhos passam mal, um amigo meu falou que viu uma idosa desmaiando no ônibus”, relata. O publicitário Mário Gonçalves prefere trocar de roupa no serviço. “Estou indo de regata e me troco no banheiro do meu trabalho. Vou de ônibus e, durante o trajeto, fico todo suado, completamente molhado. Não tem ar condicionado no ônibus”, disse. Pelo X, antigo Twitter, uma internauta deixou claro a insatisfação de ter que usar o transporte público no calor. “É um crime ter que pegar transporte público nesse calor”, disse. “Quem gosta de calor com certeza não precisa pegar transporte publico”, escreveu outra internauta.

O calor faz com que haja possibilidades de ocorrer tempestades nos fins de tardes nas duas regiões. Segundo o MetSul, uma massa de ar frio de grande dimensão vai ingressar no Sul do Brasil no fim de semana e a consequência será instabilizar muito a atmosfera no Centro-Oeste e o Sudeste com chuva frequente e com altos volumes em muitos locais. Haverá ainda muitos temporais no Centro do Brasil entre o fim de semana e o começo da próxima semana. A projeção de chuva, segundo MetSul, é para dez dias. No Mato Grosso do Sul, a chuva maior ocorre no começo da semana. Vários pontos devem ter de 100 mm a 200 mm na semana que vem, embora a chuva mal distribuída. Por outro lado, devem ser esperados muitos temporais isolados com vendavais. Em São Paulo, a maior instabilidades acontece nos dias 18 e 21 de novembro. Contudo, no interior do Estado, as chuvas serão frequentes durante toda a próxima semana. No Rio de Janeiro, a instabilidade ocorrerá no início da próxima semana e há risco de temporais. Belo Horizonte também deve registrar chuvas, principalmente a partir do domingo, também havendo possibilidades de temporais e vento.