Casa Branca anuncia novas medidas contra venda de armas nos EUA

Uma nova medida foi anunciada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como forma de ampliar a verificação dos antecedentes criminais para a compra de armas de fogo no país. A iniciativa é uma tentativa de fechar “brechas legais” relacionadas às vendas em feiras e na internet. Kamala Harris, vice-presidente e responsável pelo Escritório da Violência Armada da Casa Branca, foi quem anunciou a medida. “Atualmente, as lojas de armas são obrigadas por lei a fazer uma verificação de antecedentes (dos compradores) em cada venda”, disse Harris à imprensa nesta quinta-feira (11). “Mas durante décadas, muitas pessoas têm vendido armas em locais que não são lojas tradicionais… e escaparam impunes ao não fazer essa verificação”, acrescentou. “Agora todos os vendedores de armas terão que verificar seus antecedentes, não importa onde ou como vendem seus produtos”. Nos EUA existem mais armas do que pessoas e a violência armada é comum, inclusive entre jovens. Segundo o Gun Violence Archive, houve mais de 40.000 mortes relacionadas a armas de fogo nos Estados Unidos em 2023. As sucessivas tentativas de restringir sua circulação têm enfrentado resistência política. Harris ainda acrescentou que milhares de comerciantes não são licenciados e mesmo assim vendem muitas armas todos os anos sem a verificação de antecedentes de seus compradores. Muitos criminosos e autores de violência doméstica acabam se beneficiando destas brechas da lei. “Com a nova regulamentação, não importa se as armas são vendidas na internet, em feiras de armas ou em lojas físicas”, disse o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, em um comunicado. “Se vende armas principalmente com fins lucrativos, deve ter uma autorização e verificar os antecedentes”, disse Garland. Um funcionário da Casa Branca disse que o governo Biden espera que a nova medida seja contestada em tribunal por grupos pró-armas. “Todas as grandes ações que o presidente tomou para reduzir a violência armada foram questionadas”, disse a autoridade. “Estamos confiantes de que esta é uma medida legal”, acrescentou.

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*Com informações da AFP