CGI.br propõe 11 ações para regular plataformas digitais no Brasil

CGI.br apresenta medidas para regulação de plataformas digitais
Medidas para regulação de plataformas digitais foram compiladas por grupo de trabalho do CGI.br (crédito: Freepik)

O Grupo de Trabalho (GT) sobre Regulação de Plataformas, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apresentou, nesta semana, o relatório “Ações e diretrizes para a regulação de plataformas digitais no Brasil”.

O documento reúne 11 medidas e 23 diretrizes que, na visão do grupo, podem ser consideradas pelas organizações que compõem a governança da internet, no sentido de orientar um processo regulatório.

As iniciativas foram estruturas em quatro eixos temáticos: critérios e abordagens; economia, concorrência e modelos de negócios baseados em dados; transparência e prestação de contas; e moderação de conteúdo e recomendação algorítmica.

Segundo o CGI.br, o relatório propõe possibilidades no que diz respeito aos temas a serem regulados, além de medidas regulatórios necessárias para implementar um eventual regramento. O grupo também analisou exemplos e boas práticas internacionais que mostram o avanço na agenda sobre plataformas digitais.

Entre as ações previstas, o documento defende a definição de um único órgão regulador para tratar das plataformas digitais e a criação de um fórum de caráter permanente, multissetorial e independente para monitorar a moderação de conteúdo no ambiente virtual.

Além disso, o relatório aponta a necessidade de dar clareza aos mecanismos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que devem orientar uma estratégia para uma economia de dados, instruir o desenvolvimento de algoritmos de Inteligência Artificial (IA) para que protejam direitos fundamentais e produzir um código de conduta para a atividade de moderação de conteúdo.

“Nos últimos dois anos, o Grupo de Trabalho tem buscado diagnosticar o que seria um escopo de agenda de regulação de plataformas digitais no Brasil. Embora não representem a visão ou entendimentos aprovados pelo colegiado do CGI.br, bem como não necessariamente apontem um consenso entre todos os participantes do seminário e da oficina, as ações e diretrizes apresentadas no relatório são de extrema relevância para fomentar o debate público e contribuir com insumos para uma regulação que faça sentido”, diz, em nota, Henrique Faulhaber, coordenador do GT Regulação de Plataformas do CGI.br.

O documento foi criado com base em debates que reuniram diversos especialistas em um seminário e uma oficina realizados em setembro do ano passado.

A íntegra está aqui.

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