China planeja aumentar idade mínima da aposentadoria para lidar com crise demográfica

Em decorrência da queda no número de natalidade, a China planeja aumentar a idade mínima da aposentadoria para lidar com o envelhecimento da população do país, informou o jornal chinês alinhado ao Partido Comunista Chinês (PCC), ‘Global Times’. Em 2022, a população chinesa diminuiu pela primeira vez em 62 anos – foram 10,41 milhões de mortes para 9,56 milhões de nascimento. Segundo Jin Weigang, presidente da Academia Chinesa de Ciências do Trabalho e da Previdência Social, o país está em um caminho progressivo e flexível para aumentar a idade de aposentadoria. “As pessoas que se aproximam da idade terão que adiar a aposentadoria apenas por alguns meses”, afirmou o jornal, citando Weigang. O presidente também declarou que os jovens podem precisar trabalhar mais alguns anos, porém, terão tempos para se adaptar. A característica mais importante da reforma é permitir que as pessoas escolham quando se aposentar de acordo com suas circunstâncias e condições.”. A crise demográfica chinesa representa apenas 0,06% dos mais de 1,4 bilhão de chineses, contudo é importante para o país que fez da pujança populacional do país um dos motores para o crescimento acelerado da economia. A medida ainda não é certa, tanto que não foi formalmente apresentada, mas, caso seja implantada, mudaria a idade de aposentadoria – a China tem uma das mais baixas do mundo: 60 anos para homens, 55 para mulheres em geral e 50 para aquelas que trabalham em fábricas. Apesar de ser apenas um boato, Li Qiang, o novo primeiro-ministro do país, afirmou na última segunda-feira, 13, que o regime promoverá estudos para implementar a política.