China restringe uso de tecnologia dos EUA em computadores do governo

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As autoridades chinesas anunciaram novas diretrizes que limitam o uso de tecnologia dos Estados Unidos em computadores do governo, marcando uma mudança significativa na política de aquisição de produtos tecnológicos, conforme divulgado neste domingo pelo jornal Financial Times. Chips e software fornecidos por empresas americanas como Intel, AMD e Microsoft serão gradualmente substituídos por alternativas locais, como parte de um esforço para promover a autossuficiência tecnológica.

As medidas, anunciadas em 26 de dezembro pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, e agora divulgadas pelo FT, tiveram um impacto direto nas empresas americanas de tecnologia. A Intel registrou uma queda de 2,9% e a AMD de 1% nas negociações em Nova York.

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Citando dois funcionários de aquisições não identificados, o jornal relatou que ainda há alguma flexibilidade para agências governamentais e empresas estatais comprarem computadores com processadores e servidores estrangeiros, por enquanto.

No entanto, nos últimos anos, a China tem empreendido esforços para remover tecnologia estrangeira crítica de seus órgãos mais sensíveis. Em 2022, foi emitida uma ordem para que agências do governo central e corporações estatais substituíssem, em dois anos, os computadores pessoais de marcas estrangeiras por alternativas domésticas.

Essas novas diretrizes visam ampliar a autonomia tecnológica da China, movimento semelhante ao realizado nos Estados Unidos, evidenciando as crescentes tensões comerciais e geopolíticas entre os dois países, que podem ter repercussões significativas no mercado global de tecnologia.

*Com informações do Bloomberg

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