Comunidade de inteligência também quer usar a IA generativa, diz CIO da CIA
Nos últimos dois anos, a Inteligência Artificial (IA) generativa se tornou um assunto discutido em todos os setores da sociedade – e isso não é diferente dentro da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.
Nesta terça-feira (10), durante a abertura do Oracle CloudWorld, La’Naia Jones, CIO da CIA, subiu ao palco do evento para uma rápida conversa com Safra Catz, CEO da Oracle, sobre o uso de dados pela agência.
“Não é segredo que a forma com que nós usamos dados para melhorar nossa capacidade de tomada de decisão evoluiu através da IA generativa”, disse a líder de tecnologia da agência. “Quando falamos do aspecto cibersegurança, por exemplo, essa é uma área em que absolutamente precisamos de dados para entender o que está acontecendo entre nossos adversários e para reduzir os vetores de ataque”.
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A líder de tecnologia da CIA não deu detalhes sobre os programas da agência que utilizam a IA generativa, mas apontou que áreas como logística, supply chain e cibersegurança são impactadas positivamente. Outra ação em que a IA é importante é para “resumos” de dados, frente à “vasta quantidade de dados” que circula pela agência. “Nesse sentido, temos os mesmos desafios do setor comercial”, disse.
A parceria entre Oracle e CIA é a mais antiga da gigante norte-americana de tecnologia. Em 1977, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos se tornou o primeiro cliente a adotar a tecnologia de banco de dados relacional dos fundadores da Oracle, Larry Ellison, Bob Miner e Ed Oates.
O próprio nome da empresa também é conectado à agência de inteligência. Originalmente a empresa foi fundada como Software Development Laboratories (SDL). Foi só em 1983 que Ellison se inspirou no programa de seu primeiro cliente, o chamado “Projeto Oracle”, para rebatizar a companhia.
Quase meio século depois, as duas organizações continuam parceiras próximas. “A segurança é uma missão compartilhada”, disse La’Naia. “Nós fazemos tudo que podemos para manter a nação a salvo, mas queremos as melhores tecnologias para fazer isso. Falamos muito sobre temas como prontidão e resiliência, por isso precisamos de um parceiro global”.
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