Clareza da governança é condição vital para o sucesso das empresas, inclusive na indústria aeronáutica

Em tempos de internet, globalização e informação cruzada, a humanidade vive um desafio: praticar a comunicação clara e precisa, já que a maioria de nós se esforça ao máximo para manter o foco e cumprir metas, quase o tempo todo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, 64% das empresas brasileiras afirmam que a comunicação interna foi uma das principais prioridades de investimento em 2023 e permanece em crescente neste ano. “A governança corporativa é fundamental em todos os setores, e não seria diferente no aeronáutico. Partindo das premissas da missão, visão e valores da empresa, o acompanhamento frequente de todos os resultados e de todas as ações e iniciativas por trás deles é uma condição sine qua non para o sucesso de uma empresa, bem como, o ajuste das metas e suas respectivas ações quando necessário”, afirma Tatiana Aloia, co-fundadora da Aloia Aerospace Inc., empresa multinacional que atua no mercado de peças de reposição para a indústria aeronáutica.

A essencialidade da governança nas empresas para o crescimento não é um conceito novo, mas passou a ganhar força nos últimos anos e promove melhorias internas e externas, auxiliando na expansão das companhias. “Trata-se de um conjunto de práticas e processos que visam garantir a transparência, a ética e a responsabilidade no funcionamento das empresas, englobando as regras e os mecanismos de controle que orientam as decisões e as ações dos gestores, buscando proteger os interesses dos acionistas e demais stakeholders”, explica a CEO. Outro aspecto fundamental é a divulgação de informações claras e precisas. As empresas devem fornecer relatórios financeiros e não financeiros de forma regular e transparente, permitindo que todos envolvidos tenham acesso a dados relevantes para a tomada de decisões. Além disso, a comunicação com os colaboradores, fornecedores e com a sociedade deve ser feita de maneira clara e acessível, promovendo a confiança e a transparência.

Inclusive, para Tatiana, é especialmente importante promover um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. “A comunicação clara e transparente promove inclusão da equipe e estimula maior colaboração de todos. Precisamos de transparência e clareza na fala, na escrita, na escuta e em tudo o que envolve a comunicação, incluindo treinamentos, feedbacks e posicionamento com clientes, fornecedores, parceiros e internamente. A colaboração precisa partir dos gestores, como exemplo, e envolve treinamento próximo de cada profissional”, diz. A governança corporativa também envolve a definição de políticas e práticas de gestão de riscos. É essencial que as empresas identifiquem, avaliem e gerenciem os riscos aos quais estão expostas, buscando minimizar possíveis impactos negativos e proteger os interesses dos acionistas. A adoção de boas práticas de gestão de riscos contribui para a sustentabilidade do negócio e a criação de valor a longo prazo.

No contexto atual, a governança corporativa tem se tornado cada vez mais relevante, especialmente diante da crescente demanda por sustentabilidade e responsabilidade social. Empresas que adotam boas ações administrativas estão em melhor posição para atrair investimentos, estabelecer parcerias estratégicas e enfrentar os desafios do mercado. “As melhores práticas para impulsionar a excelência e a eficiência operacional do mercado aeronáutico são, em primeiro lugar, a segurança, acompanhada por conhecimento técnico e aplicação dos procedimentos, objetivando zero falhas”, ressalta. Ao exercer todos os passos citados aqui, as empresas podem fortalecer sua reputação, atrair investidores e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. “Um ambiente de trabalho saudável, com normas, seguro e acolhedor, traz leveza para o dia a dia e propicia para todos os profissionais a busca da melhor solução para o cliente em todas as situações. Atualmente, velocidade é a palavra da vez e o setor aeronáutico se beneficia muito com soluções rápidas”, finaliza Tatiana Aloia.

Essa realidade também se aplica a todos os segmentos, já que, a cada dia, nosso profissional está inteiramente ligado ao pessoal e vice e versa, afinal, a saúde mental depende do equilíbrio de tudo e é isso o que mais buscamos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Infojobs, 86% dos funcionários mudariam de emprego para preservar a saúde mental, 61% não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho, e a maioria (76%) já conheceu alguém que precisou se afastar das atividades de trabalho por razões psicológicas. Então, é preciso estar atento, alerta e investir em autoconhecimento para ficar longe das estatísticas