Como colaboradores “vacinados” em cibersegurança geram valor para os negócios

Já faz algum tempo que todas as empresas, independentemente do seu setor ou escopo, ficam para trás quando não priorizam a proteção dos dados que produzem e transmitem diariamente. Uma das principais vantagens competitivas no mercado atual é a capacidade de conseguir manter a continuidade dos negócios, e por isso medidas robustas de proteção dos ativos são cada vez mais fundamentais.
Mas isso é só uma parte do necessário. Com ataques que evoluem constantemente, em quantidade e complexidade, pensar segurança vai muito além de soluções e equipamentos. Construir uma cultura de preservação digital é uma tarefa contínua e que exige o envolvimento de todos os níveis da organização.
Infelizmente, o contexto atual nos mostra que essa é uma missão das mais difíceis. Uma pesquisa do DataFolha, encomendada pela Mastercard, mostra que, ainda que 80,6% das empresas afirmem dar muita importância à cibersegurança, apenas 31% priorizam a área em seu plano de investimentos. Ou seja, a mudança cultural é o primeiro passo.
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E ela deve começar inserindo a segurança cibernética no “linguajar” das estratégias de geração de negócios. Isso significa que as decisões de proteção não devem ser isoladas, mas sim parte fundamental do planejamento corporativo. Quando a defesa de ativos é vista como um componente essencial do crescimento da empresa, a adesão de todos os colaboradores se torna mais natural, além de aumentar a confiabilidade da companhia.
Outro ponto é a liderança pelo exemplo. Executivos e gestores devem ser os primeiros a adotar práticas seguras e a promover a importância da cibersegurança no cotidiano. Esse comportamento cria um efeito cascata, que incentiva todos os colaboradores a seguirem essa postura proativa. Com o tempo, essas ações se tornam parte da rotina e reduzem significativamente o risco de ataques bem-sucedidos.
Como comentei no começo, o investimento em tecnologias avançadas e atualizações constantes é outra medida indispensável – mas é preciso ir além. A segurança deve estar embutida desde o design dos sistemas e processos. Esse cuidado não só reforça a integridade dos dados, mas também sinaliza ao mercado a seriedade da organização em proteger informações sensíveis.
Uma cultura de segurança cibernética eficaz deve envolver uma comunicação transparente sobre os riscos e medidas adotadas. E isso permite que a companhia também se beneficie em termos de compliance – atender a regulamentos e normas de segurança não será visto como um fardo adicional, mas sim como uma consequência natural de boas práticas enraizadas. E se destacar por sua conformidade regulatória aumenta o atrativo para futuras licitações e negociações.
Por fim, uma empresa “aculturada” se mostra consideravelmente mais preparada para responder a incidentes, que passam a não ser apenas responsabilidade das equipes de TI. Esse senso de responsabilidade com o time e com clientes é fundamental para fechar negócios, já que, como vimos, se mostrar capaz de proteger seus dados é uma das coisas mais chamativas no mercado atual.
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