Compras de presentes para o Natal devem movimentar R$ 66 bilhões no Brasil, diz levantamento 

Cerca de 118 milhões de brasileiros (mais da metade da população) devem ir às compras para o Natal deste ano, apontou a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), feita com 1.400 pessoas em outubro. Segundo o levantamento, os consumidores devem gastar, em média, R$ 130 com os presentes. Roupas, calçados, perfumes, cosméticos e brinquedos são os itens mais procurados. A expectativa, assim, é que o feriado deva injetar R$ 66 bilhões na economia – a quantia é parecida com o montante movimentado em 2021. Gerente executivo da CNDL, Daniel Sakamoto afirma que o pagamento por PIX teve um importante crescimento em relação ao ano passado. “As lojas físicas continuam fortes. O brasileiro ainda tem preferência por ir às ruas de comércio, shopping center, lojas de departamento. Ou seja, as lojas físicas continuam predominando sobre as compras online. Outro ponto interessante é em relação às formas de pagamento. O PIX é uma modalidade que está muito presente, perdendo apenas para o cartão de crédito, a forma mais utilizada pelo brasileiro”, explicou.

De acordo com a pesquisa, metade dos entrevistados ainda pretendem fazer alguma compra pela internet no período natalino. A busca por promoções, 13º salário e a falta de tempo são as principais “desculpas” dos atrasados. Sakamoto garante que a falta de planejamento pode trazer um prejuízo financeiro para quem deixou as compras para a última hora. “Nesse último mês, nós batemos o recorde histórico de endividados, com nome sujo. O Brasil está no auge de uma crise, com muita gente devendo, mas tendo uma esperança de melhoria para o próximo ano. Isso acende uma luz amarela, de alerta. O brasileiro confiante, ainda que a crise esteja vigente, o risco é de que essas compras levem os consumidores a terem mais problemas financeiros”, afirmou o gerente executivo. Entre os que não vão dar presentes, 30% afirmam não gostar ou não ter o costume de fazer as ações. 28% alegam não ter condições financeiras, enquanto 16% estão desempregados.

*Com informações do repórter Victor Moraes