Cai a confiança dos brasileiros em relação às plataformas digitais dos bancos, diz estudo

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Os brasileiros estão se sentindo mais inseguros em relação aos canais digitais dos bancos, revelou o relatório “A experiência dos clientes dos principais bancos brasileiros em 2023”, encomendado pela Akamai Technologies à Cantarino Brasileiro. Apesar de a maioria (87%) afirmar que se sente segura com as plataformas digitais dos bancos, o número representou uma queda de 4% em relação a 2022.

Quando se trata da oferta de ativos digitais, ainda existe uma resistência por parte dos clientes. Mesmo que mais da metade dos entrevistados tenha conhecimento sobre o que são criptomoedas (55%), apenas 18% disseram já investir nesse ativo. De acordo com o estudo, 26% dos respondentes consideram esse investimento inseguro e outros 30% que disseram não conhecer e que não investiriam nunca em moedas digitais por preferir “dinheiro de verdade.

“Apesar de ter entrado em vigor este ano a lei que regulamenta o setor de criptomoedas no Brasil, o tema ainda causa divergência de opiniões”, destaca o diretor-geral da Akamai Technologies para América Latina, Claudio Baumann. “As facilidades e inovações tecnológicas no setor financeiro ainda não geram a confiança necessária, ainda que os próprios bancos busquem oferecer recursos como o investimento em criptomoedas por meio do aplicativo e outras ferramentas, a fim de gerar mais confiança”, acrescenta.

Open Finance segue com baixa aderência

O estudo também buscou avaliar a aderência do Open Finance, sistema financeiro aberto que possibilita aos clientes compartilhar suas informações entre diferentes instituições. Apesar dessa função estar disponível desde fevereiro de 2021, apenas cerca um quarto dos entrevistados se cadastrou (26%). Porém, mesmo sendo um produto de baixa aderência, esse resultado é o dobro em comparação ao ano anterior, quando 13% dos respondentes da mesma pesquisa em 2022 disseram que conheciam e já haviam utilizado o Open Finance.

“O público brasileiro ainda se mostra inexperiente em relação a certas funcionalidades do setor financeiro. A educação financeira ainda tem um caminho a percorrer e as instituições bancárias são aliadas para amplificar este conhecimento, necessário para que essas novas facilidades sejam adotadas plenamente”, explica Baumann.

Serviços financeiros para além dos bancos

Muitos brasileiros (46%) também afirmam utilizar serviços financeiros de aplicativos de marketplaces como Magalu, Mercado Livre, Americanas e Amazon.

Aplicativos de entregas rápidas e transporte (Rappi, iFood, Uber) também têm grande adesão do público, 44% os utilizam. Apenas 28% dos brasileiros entrevistados não usam serviços financeiros que não sejam de bancos. Entretanto, ao serem questionados sobre a disposição para usar outras instituições como seu provedor de serviços financeiros, 81% relataram não ter interesse em usar serviços financeiros fora dos bancos e apenas 10% aceitariam utilizar um site ou app de marketplace.

“Apesar de existirem novas ofertas de acesso, o banco continua sendo de fato uma instituição de confiança, enfatizando, portanto, a importância de oferecer meios seguros e de fácil acesso para que sejam adotados por parcelas da população que ainda não têm conhecimento sobre essas novas funcionalidades, dentro das instituições bancárias ou não”, conclui Baumann.

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