Connectis volta a investir no Brasil e espera bom resultado em 2023

Elisabete Mleczak, vice-presidente da Connectis na América Latina

“Temos o desafio extra de fazer a marca reconhecida” – assim começou meu bate-papo com Elisabete Mleczak, vice-presidente da Connectis na América Latina. Esse desafio, ela me explicou, acontece pois a empresa é do Grupo Getronics, mas esse nome não é usado na região.

Ainda assim, nos últimos anos, o crescimento da companhia foi de dois dígitos e o Brasil está entre os três países com mercado mais relevante – e grande responsável desse resultado. E a executiva acredita que, em 2023, não será diferente.

“Acreditamos que será um ano superpositivo. A gente não abre números porque não é uma empresa pública. Entretanto, a América Latina é uma das regiões que não está só cumprindo o que tínhamos planejado no budget, está entregando um pouco a mais, mesmo com os desafios. A ideia é crescer em 2023”, diz ela.

Confira o bate-papo completo:

IT Mídia: Como é o mercado da América Latina para a Connectis?

Elisabete Mleczak: A Connectis é uma empresa que é parte do Grupo Getronics, mas essa marca não é usada na região. Então, temos o desafio extra de fazer a marca mais reconhecida. Ainda assim, temos grandes clientes, como Nestlé, Pepsico e outros.

E estamos expandindo para mercados. Estamos discutindo uma possível expansão no fim do ano para ter mais abertura nos mercados da Colômbia e do México.

A América Latina é muito importante porque é uma das regiões que mais cresce. Nos últimos três anos, estamos falando de crescimentos acima de dois dígitos constantemente. Como a região está sempre um pouco atrás em transformação digital, começamos a “pegar um voo” mais constante.

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IT Forum: Qual a importância do Brasil nesse contexto?

Elisabete Mleczak: Nós temos três países bem divididos, incluindo o Brasil. Mas o mercado principal de volume é o Chile, pois já estamos lá há dez anos e a competitividade é um pouco menor.

No Brasil, tivemos mudanças, aquisições e isso nos deixou “no congelador”. Mas retomamos o investimento e já estamos com quase 300 pessoas, sendo 750 na América Latina.

IT Forum: Dentre essas 300 pessoas, há posições estratégicas para a empresa?

Elisabete Mleczak: Nós temos arquitetos de solução e em cada país eu tenho um diretor comercial e outro de operações. Mas, no Brasil, a gente tem os heads de latam – head de rh, de soluções, etc. As pessoas que ajudam a fazer a parte mais estratégica estão no brasil.

IT Forum: O que você pode nos contar da expectativa de resultados para 2023?

Elisabete Mleczak: Acreditamos que será um ano superpositivo. A gente não abre números porque não é uma empresa pública. Entretanto, a América Latina é uma das regiões que não está só cumprindo o que tínhamos planejado no budget, está entregando um pouco a mais, mesmo com os desafios. A ideia é crescer em 2023.

IT Forum: Vocês olham para o mercado PMEs? E quais os principais segmentos que vocês trabalham?

Elisabete Mleczak: Nosso foco global são empresas médias e grandes. Mas também olhamos para as empresas em transformação digital e elas nos buscam para isso também. Algumas empresas têm um processo mais engessado e buscam consultorias mais flexíveis.

Sobre os segmentos, nós trabalhamos pelo menos em dez indústrias diferentes. Somos muito fortes na área financeira, de varejo, farmacêutica, entre outros.

IT Forum: Por outro lado, quais as indústrias que vocês gostariam de ter mais abertura?

Elisabete Mleczak: Em alguns países, olhamos para a mineração. Além disso, uma área que no Brasil é muito forte e estamos focando, é o agronegócio.

IT Forum: Quais os maiores desafios dos clientes da Connectis no Brasil?

Elisabete Mleczak: Eu vejo que começou uma onda de migração SAP/HANA porque há um deadline para fazer a migração. Então, alguns clientes começaram a buscar parcerias para poder ajudar nessas migrações.

Alguns clientes que fizeram algumas aquisições e têm. além da transformação digital dentro da empresa, têm o desafio de fazer a aquisição, a migração e a parte de tecnologia, também estão nos buscando.

Por fim, os clientes têm buscado a gente mais pela parte de flexibilidade.

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