Consolidação é oportunidade para crescimento no Brasil, diz Monday

Brunno Santos, monday

Primeiro colaborador da israelense Monday no Brasil, o diretor para o País, Brunno Santos, sabe detalhar com precisão os resultados da empresa. E são expressivos: crescimento de 95% de receita na comparação ano a ano desde 2020, graças à “uma aderência muito grande ao mercado brasileiro”, diz o executivo, que viu a base instalada nacional crescer 32% e alcançar sete mil clientes.

O Brasil é a sétima maior operação global da Monday, segundo o diretor executivo.

“Em clientes estratégicos [de grande porte] a base instalada cresceu 86%. Eu não posso falar de resultados futuros, mas de fato esperamos que isso represente boa parcela do negócio”, pondera Santos, a respeito das perspectivas para a empresa no próximo ano.

A expectativa é crescer nesses clientes de grande porte, uma vez que os demais clientes acessados via canais representam cerca de 90% dos negócios fechados no Brasil atualmente pela empresa. “É uma estratégia global, e a gente acredita que a plataforma tem a robustez para gerenciar fluxos de trabalho [nas grandes] e serem mais ágeis”, conta o executivo.

Uma pesquisa de abrangência global feita recentemente pela empresa indicou que um terço dos CIOs dizem pretender consolidar plataformas de software – outra oportunidade para a empresa, segundo ele.

Leia também: Blockbit se prepara para expansão no Brasil

Para o executivo, esse processo de consolidação de software é consequência direta da pandemia, quando as empresas adotaram muitas ferramentas em um momento de mudança e, agora, precisam lidar com esse legado. Estudo recente da empresa apontou que funcionários usam 10,5 ferramentas tecnológicas por mês em média.

“Um ponto que acreditamos é que o grande benefício do período de pandemia foi a adoção tecnológica e automação”, diz. “Existe um aspecto de consolidação e eficiência, minimizar softwares que utilizam e aumentar produtividade. E por isso a gente entende que tem uma janela interessante.”

A Monday é dona do Work OS, plataforma low-code/no-code que promete um conjunto de ferramentas de gestão e automação de fluxos de trabalho. A empresa tem sede em Tel Aviv, Israel, além de escritórios espalhados por EUA, Europa, Oceania e, claro, São Paulo. A plataforma é “totalmente customizável” e serve para qualquer nicho de negócio.

No mundo são 186.000 clientes de 200 setores diferentes em 200 países e territórios, segundo a própria Monday.

Canais e oportunidades

Segundo o diretor, desde que a Monday chegou ao Brasil o modelo escolhido para abordar o mercado foi o de canais, com uma abordagem mais consultiva de vendas. Há também uma frente de aquisição de cliente via website e outra direta, com foco em Enterprises.

“A gente percebeu que empresas de grande porte usam a Monday de maneira mais agressiva”, diz. “Hoje eu diria de maneira geral que nosso modelo de negócios via parceiro traz 90% [da receita]. Online 10% e Enterprises [são frentes] mais recentes.”

O ecossistema para abordar todos esses clientes é construído de forma “extremamente cuidadosa”, segundo Santos. A ideia é ter parceiros não só de vendas, mas que também tenham um “fit cultural” com a empresa.

“A gente se pergunta muito sobre isso, por isso capacitamos os parceiros. Temos 14, distribuídos regionalmente. Estamos satisfeitos porque crescemos de maneira exponencial”, ressalta Santos. “São dois perfis: consultorias de tecnologia especializadas em fluxo de trabalho e integradores que oferecem serviços profissionais para nos ajudar em projetos mais sofisticados.”

Esse apoio de parceiros é importante porque a Monday atua no Brasil com equipe bastante enxuta: são 10 colaboradores com algumas vagas abertas, com foco em gerenciamento de canais e sucesso de clientes mais estratégicos.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!