Consórcio de 14 empresas fomentará uso de 5G em redes privativas

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Durante a Futurecom, feira de telecom que acontece nesta semana em São Paulo, 14 empresas anunciaram um consórcio para acelerar iniciativas privativas em torno do 5G. Batizado de Laboratório Open-RAN, Open Radio Access Networks, o espaço fica localizado na Flextronics e tem a missão de testar aplicações em 5G de forma colaborativa.

O Open-RAN permite executar todas as funções da RAN em containers, rodando em hardware agnóstico e em cenários que incluem nuvem privada, híbrida e pública. As redes privadas Open-RAN prometem qualidade de serviço com o mínimo de consumo energético e geração de resíduos, focalizando na necessidade de sustentabilidade exigida nos tempos atuais.

“Várias indústrias instalaram redes privativas 5G e o que queremos é mostrar que estamos nos unindo para viabilizar o 5G de forma mais ampla”, comenta Jayro Navarro Jr, diretor da Intel para o setor de telecom. Fazem parte desta parceria as empresas Ciena, Dell, FIT, IBM, Intel, Mavenir, Okemo, Ookla, Palo Alto Networks, Red Hat, SIAE Microelettronica, UP2Tech, Fujitsu e VIAVI Solutions.

Segundo explica Gerson Freire, arquiteto enterprise da Dell Technologies Brasil, o laboratório foi construído com base em um ecossistema aberto e diversas aplicações podem ser geradas a partir dele. “Esse tipo de solução requer edge computing, precisa de computação na borda. Esse cenário requer soluções preparadas tanto na camada de hardware quanto na software”, diz ele.

Thiago Moraes, account Technical Leader da IBM, aponta que para materializar essa iniciativa, o consórcio escolheu um caso de uso aplicado ao setor educacional. “Vamos ampliar o lab em uma rede privada em 5G para ajudar a capacitar o setor educacional a criar experiências de aprendizados, interativas e personalizadas, como realidade mista. Esse grupo está comprometido em ter uma rede privada em uma escola pública em Sorocaba, de alto desempenho e baixo consumo energético”, adianta ele.

Apesar de não terem revelado o nome da escola, os executivos se mostraram animados com o projeto. Alex Takaoka, head of Customer Engagement da Fujitsu, explica que do lado da gigante japonesa, a empresa aportará rádios para o projeto. Segundo ele, não há operadoras envolvidas. “O modelo OpenRAN busca democratizar as redes de telecomunicações – contribuindo para eliminação da dependência em equipamentos específicos de telecomunicações. Ou seja: incentiva a concorrência no mercado de conectividade.”

Alex Takaoka, head of Customer Engagement da Fujitsu

Alex Takaoka, head of Customer Engagement da Fujitsu

Ainda de acordo com ele, nos próximos dois meses a escola em Sorocaba, no interior de São Paulo, receberá infraestrutura de conectividade sem fio de alto desempenho. Adicionalmente, a iniciativa promoverá atividades de letramento digital aos professores em relação as tecnologias digitais emergentes. A Intel e a Dell também levarão conteúdo de tecnologia para inserir os alunos no universo tech.

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