Corrida por suporte de ERP é carta na manga para Rimini

Edenize Maron, general manager da Rimini e Bruno Faustino, vice-presidente de estratégia de produtos na Rimini

Fundada há 18 anos nos Estados Unidos, a Rimini veio ao Brasil pelas mãos da Embraer e, hoje, além do escritório nacional, tem presença no México, apesar de operações em diversos países, como Chile, Colômbia e Argentina.

Desde 2015 responsável pela operação Latam, Edenize Maron, general manager da empresa, explica que o sucesso da empresa foi endereçado em uma altura em que não existiam alternativas para empresas terem suporte fora de seus fabricantes. Então, em 2008, começou a dar suporte no lugar da SAP.

“O Brasil vem ganhando espaço desde os últimos anos. Temos mais de 120 clientes em todos os setores e somos focados em missão crítica. O país tem uma influência importante na operação americana e já temos dois vice-presidentes brasileiros na operação global”, diz ela.

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Segundo e executiva, o Brasil é o maior mercado da América Latina e tem dois papeis importantes: a geração de novos negócios e o nível de relacionamento com o cliente, que é diferenciado e ajuda a empresa como um todo.

“Passamos a ser um hub de exportação de serviços e mão de obra qualificada em SAP, Oracle, ServiceNow, entre outros. Exportamos conhecimento para os EUA e esse grupo de indivíduos acaba colaborando para o crescimento da empresa globalmente”, revela ela.

Um dos executivos que está respondendo para o global é Bruno Faustino, vice-presidente de estratégia de produtos na Rimini, também presente na entrevista para o IT Forum. Segundo ele, com as últimas mudanças econômicas mundialmente, a necessidade de redução de custo nunca foi tão presente no desafio dos CIOs.

“Quando a gente olha essa necessidade de usar melhor e mais do software que você tem, todas as nossas linhas de serviço vão focar nisso. Porque para o próprio dono do software muitas vezes não é interessante usar melhor. É mais interessante comprar mais software. Para quem faz a implementação de software, é o melhor dos mundos. A Rimini vem na contramão disso tudo. Eu quero ser a alternativa”, provoca.

A modernização de aplicações, diz ele, também é um drive de mercado – mas frisa que a TI é muito boa de fazer moda, como no move to cloud. Para ele, os grandes CIOs são aqueles que sabem identificar o que é moda e o que é realidade. O que vai no detalhe, pesquisa, vê opções, não tem viés de fabricante. Ele exemplifica dizendo que o que a indústria financeira pensa faz sentido: modernizar a aplicação, uma vez que eliminar uma infraestrutura bancária seria tão caro e demorado.

“O nosso core business é replicar o sucesso da instituição financeira: como eu pego o seu legado e que tem valor e eu modernizo para ter um go to market mais rápido de inovação e novos recursos?”, diz ele.

Há quatro anos, a Rimini também lançou um serviço de management service e tem cerca de 130 clientes globalmente e está crescendo dois dígitos. A iniciativa começou por meio da liderança do Brasil e hoje já está presente em 28 países. A empresa triplicará o tamanho das posições para dar vazão nessa nova oferta.

“O mercado está ficando mais maduro. Vemos que é preciso sair da máxima que somente investimento em grandes projetos é o que dá votos. Garantir o crítico e fazer o estratégico, que não necessariamente é comprar produto também é válido”, complementa Edenize.

Segundo ela, a Rimini se relaciona muito no C-level, ainda que antes existisse um distanciamento do presidente ou do CFO com o CIO. Hoje, a tendência é fazer ‘double click’, pois o negócio quer saber o que é gasto em operação e investimento e quais serão os ganhos. “O subjetivo de usar o medo para ter aprovação para investimento e orçamento, agora carece de um entendimento maior porque eles estão perdendo o medo de investir em tecnologia.”

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