CPI das Criptomoedas pede condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho após ex-jogador faltar em nova sessão

A presidência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, determinou a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho, nesta quinta-feira, 24. O pedido acontece após o ex-jogador, convocado para prestar depoimentos, não aparecer na Câmara dos Deputados pela segunda vez nesta semana. Relator da comissão, o deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP) afirmou que o ídolo da seleção brasileira apresentou uma justificativa que não atende a prerrogativas legais. Segundo a defesa de Ronaldinho, ele não conseguiu viajar a Brasília por causa do mau tempo que cancelou voos em Porto Alegre. “Nós remarcamos a data com a afirmação de que a ausência iria trazer a essa comissão como única saída o pedido de condução coercitiva e é isso que a presidência desta CPI está determinando nesta manhã. Tivemos voos que pousaram em Brasília às 7 da manhã. Mesmo que não que tivesse esse argumento de não ter o voo, não é um argumento amparado pela Lei. A Lei fala que a convocação tem que ser cumprida”, afirmou o parlamentar.

Ronaldinho Gaúcho foi convocado por supostamente ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k. Segundo o deputado Ricardo Silva, “a empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”. O ex-jogador de futebol, porém, alega que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Esta, inclusive, foi a versão adotada por Roberto de Assis, irmão e empresário do ex-atleta, que compareceu à sessão nesta quinta-feira. “Meu irmão não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha”, justificou Assis.