CPMI do 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira Mauro Cid; CPI do MST vota convocação de Rui Costa e Gonçalves Dias

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira, 11, a partir das 9 horas, o tenente-coronel Mauro Cid, que é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O militar será ouvido na condição de convocado, ou seja, é obrigado a comparecer à oitiva. No entanto, poderá ficar em silêncio em caso de questionamentos que possam incriminá-lo, medida que lhe foi garantida em decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Como mostrou a Jovem Pan, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, articula com integrantes do colegiado, aliados do governo, convocar uma sessão extraordinária caso Mauro Cid decida ficar em silêncio. De acordo com interlocutores do governo, a sessão extraordinária, um plano B da relatora, servirá para retirar diversos sigilos telemáticos, como mensagens em e-mails e em celular de Mauro Cid que ainda não foram divulgados. O depoimento do tenente-coronel estava previsto para a semana passada, mas foi adiado devido à pauta econômica na Câmara dos Deputados. Assim, foi reagendado para esta terça. Na quinta-feira, 13, os integrantes da comissão têm uma nova reunião para votação de requerimentos. Mauro Cid está preso desde maio por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no inquérito da Polícia Federal (PF) que apura fraudes em cartões de vacinas.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também marcou para esta terça-feira 11, a apreciação de requerimentos para ouvir depoimentos do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ambos os pedidos são de autoria do relator da CPI, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). O deputado Evair de Melo (PP-ES) também solicitou a presença de Rui Costa. Em todos os requerimentos, a solicitação é de convocação, ou seja, obriga a presença do depoente sob pena de punição.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro.