‘Crime, polícia e política não se separam no Rio de Janeiro’, diz Freixo sobre Marielle

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou neste domingo, 4, que a prisão dos três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar a página “em que crime, polícia e política não se separam”. “Hoje a prisão dos irmãos Brasão e do Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, deixa claro quem matou, quem mandou matar e quem não deixou investigar”, escreveu Freixo no X (antigo Twitter). “Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”, acrescentou. A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Murder Inc, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

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Na redes sociais, Freixo falou sobre o caso e disse que a operação deste domingo que nos coloca de frente com os supostos mandantes do crime, é um ponto importante para explicar porque ficamos seis anos em busca de resposta. “Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar.”, escreveu. “Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso”, acrescentou.

Na publicação, o presidente da Embratur também fala sobre o afastamento do delegado Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios, que foi afastado das funções pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento na obstrução das investigações do assassinato de Marielle, e lembra que Lages escreveu um livro sobre a vereadora. “O nível de barbarie e deboche é inacreditável”, disse.

 

A Polícia Federal realizou na manhã deste domingo, 24, um mandado de busca e apreensão, em operação conjunta com a Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro, e prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão, do União Brasil, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa. Investigações apontam que eles são ou autores intelectuais do caso. A Operação Muder Inc foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que assumiu recentemente o caso Marielle. Em dezembro do ano passado, quando ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula, Dino disse que o caso Marielle seria “em breve integralmente elucidado”. Neste ano, ele assumiu o cargo de ministro do STF, indicado por Lula.