Cultivo sustentável da palma de óleo transforma o agronegócio na região Norte do Brasil 

A palma de óleo pode ser só mais uma árvore em meio a tanto verde presente na Amazônia — mas ela se destaca pelo seu imenso potencial produtivo e múltiplas utilidades. A partir do seu fruto, é extraído o óleo de palma, que pode ser utilizado na cozinha, em receitas — ele é o popularmente conhecido como azeite de dendê — ou ainda na formulação de produtos de diversos segmentos, como higiene, limpeza e cosméticos. Mas, para além disso, a partir da palma de óleo é possível gerar energia elétrica e até produzir combustível sustentável de aviação. Esses são alguns dos negócios no portfólio da BBF – Brasil BioFuels, que é a maior produtora de óleo de palma da América Latina. A BBF produz biocombustíveis utilizados para a geração de energia renovável na Região Amazônica e, por conta do seu modelo de negócio integrado, gera milhares de empregos, renda e desenvolvimento socioeconômico; ajuda as comunidades agrícolas locais e contribui diretamente na recuperação e preservação da floresta.

Fundada em 2008 com o objetivo de mudar a matriz energética do Norte do país e descarbonizar a Região Amazônica, a BBF atua de ponta a ponta nessa cadeia produtiva: essa é a forma que a empresa encontrou de garantir que todo o processo aconteça de forma correta, com foco na eficácia das operações e na preservação ambiental da Amazônia. O primeiro episódio da websérie “Bruno In Loco”, produção que vai ao ar quinzenalmente com os episódios lançados no canal do YouTube da Jovem Pan News, mostra justamente esse passo a passo, da plantação da palma de óleo até a produção do óleo, que tem inúmeras possibilidades, tudo feito pela BBF. O repórter Bruno Meyer foi até São João da Baliza, no Estado de Roraima, para ver de perto o trabalho.

Veja o primeiro episódio da websérie

Lá, ele encontrou pessoalmente com Milton Steagall, CEO do Grupo BBF. Ao apresentador, Steagall contou: “Eu tinha muita vontade de transformar essa região. Estamos recuperando, através do cultivo sustentável da palma de óleo, terras que foram degradadas no passado. Quando essa palma crescer, a gente verá um enorme complexo verde. Os animais que evitam essa área por questão de proteção vão começar a transitar por aqui. Os passarinhos terão onde pousar. Toda a biodiversidade voltará a se integrar”.

Usina da BBF em São João da Baliza, em Roraima (Divulgação/Brasil BioFuels)

Passo a passo 

Francisco Maciel, gerente de polo, explicou: “Nós trabalhamos com o plantio, a produção das mudas — que passam por cuidados, manejo e adubação, para que sejam plantas produtivas —, efetuamos a colheita e encaminhamos os cachos para indústria, onde extraímos o óleo de palma”. Hoje, são 75 mil hectares cultivados pela BBF em áreas degradadas da região Norte do Brasil, sendo 15,2 mil em São João da Baliza (RR) e 60,4 mil distribuídos no Estado do Pará. A produção anual ultrapassa 200 mil toneladas de óleo de palma — a principal matéria-prima da produção de biocombustíveis da BBF — utilizados para alimentar 25 usinas termelétricas em operação, que geram energia elétrica para mais de 140 mil moradores de localidades isoladas na região Amazônica.

O trabalho começa com a escolha das sementes, que são cuidadosamente plantadas à mão por colaboradoras da BBF, e passa pelo acompanhamento contínuo das mudas no pré-viveiro. São nove meses no viveiro para que as plantas possam crescer fortes. Com as plantas formadas, é realizado o plantio de mudas em terras próprias da BBF, recuperando áreas que foram anteriormente degradadas na floresta. Tudo isso é feito sem uso de máquinas, em um processo 100% manual. Não é à toa que a empresa gera, por meio de suas diferentes etapas de atuação, mais de 6 mil empregos diretos e outros 18 mil indiretos, desenvolvendo locais que antes eram carentes de serviços, infraestrutura e postos de trabalho.

Plantação de sementes de palma

Agricultor no plantio de Palma nas instalações da BBF, em Roraima (Divulgação/Brasil BioFuels)

Depois, vem a colheita de cachos maduros, que acontece ao longo do ano inteiro. “O dendê, por ser uma cultura que se colhe o ano inteiro e de forma manual, gera muito emprego na região onde ela está inserida”, diz Bruno Barcelos, gerente agrícola da BBF. “Esse fruto é direcionado para o nosso esterilizador, onde é feito o cozimento. Após a esterilização, esse fruto vai para o debulhador, que vai fazer a separação do fruto e do cacho. Após a prensagem dessa massa, temos o óleo”, detalha Luan Rocha, gerente industrial da BBF. É um processo totalmente integrado e completamente sustentável. Nas próximas semanas, a websérie vai mostrar como esse óleo de palma é usado na geração de energia elétrica renovável e na produção de biocombustíveis.