Daniel Alves diz que não se lembra do que aconteceu em boate por estar bêbado, diz TV

Detido desde 20 de janeiro por suspeita de agressão e estupro, Daniel Alves disse para sua esposa, a modelo Joana Sainz, que não se recorda de nada do que aconteceu na boate Sutton. De acordo com a emissora “Telecinco”, o jogador alegou que estava embriagado e que não lembra dos fatos ocorridos em 30 de dezembro do ano passado, quando teria violentado uma jovem de 23 anos dentro de uma casa noturna. Segundo o veículo de comunicação espanhol, o atleta de 39 anos teria ligado duas vezes para sua mulher antes dela ter ido visitá-lo no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. Antes disso, o lateral com longa passagem pela seleção brasileira teria se recusado a encontrar Joana Sanz porque não queria ser visto “naquelas condições”.

Tribunal de Barcelona está analisando o pedido de liberdade provisória feito por Daniel Alves. A decisão deveria ocorrer na última quinta-feira, 16, mas foi adiada e ainda não tem uma data definida. Após o jogador mudar sua versão em depoimentos à Justiça, os advogados afirmaram que a relação com a mulher foi consensual e que houve penetração. Segundo os representantes, o atleta poderia responder o caso em sua residência sem risco de fuga. A defesa de alegou que o jogador tem residência na Catalunha e possui algumas empresas no país europeu. Outro argumento é o fato que o contrato com o Pumas (México) foi rescindido e, desta forma, o acusado não teria obrigação de retornar ao país norte-americano. A defesa ainda afirma que o atleta está disposto a entregar seu passaporte espanhol, pagar uma fiança elevada ou comparecer frequentemente ao tribunal e até usar tornozeleira eletrônica.

Ministério Público da Espanha, porém, se manifestou contrário à libertação provisória. O órgão apresentou uma petição ao Tribunal de Instrução 15 de Barcelona solicitando que o jogador de 39 anos continue detido no Centro Penitenciário de Brians 2. Além disso, o MP rechaça medidas cautelares, como apreensão do passaporte, comparecimentos diários perante o juiz e uso de pulseira eletrônica. Vale ressaltar que o Brasil não extradita brasileiros, o que poderia livrar o jogador da Justiça espanhola em caso de fuga ao país. A jovem de 23 anos, por sua vez, diz ter sido abusada e violentada por Dani em uma boate, no dia 30 de dezembro do ano passado, na Catalunha. Além do depoimento, ela conta com vídeos de câmeras de segurança do local e exames de corpo de delito para provar o crime — a mulher não busca ser indenizada.