Nova onda de demissões atinge 9 mil funcionários da Microsoft

Satya Nadella, CEO da Microsoft. Imagem: Shuttestock

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira (2) uma nova rodada de demissões que atingirá cerca de 9 mil funcionários, segundo informações da emissora norte-americana CNBC. O corte representa menos de 4% do quadro mundial da empresa e abrange diversas divisões e regiões onde a companhia atua.

A decisão coincide com o início do ano fiscal de 2026 da Microsoft, momento tradicionalmente usado pela direção da empresa para promover reestruturações organizacionais.

A empresa justifica a medida como parte de ajustes necessários para se adaptar às demandas do mercado atual, conforme declaração oficial divulgada pela companhia.

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Histórico de reduções na empresa

A Microsoft já havia promovido outras reduções de pessoal em 2025. Dados da CNBC mostram que em janeiro houve cortes pontuais baseados em avaliação de desempenho, seguidos pela eliminação de mais de 6 mil vagas em maio e outras 300 em junho.

Com aproximadamente 228 mil funcionários atualmente, a empresa também realizou demissões significativas em 2023, quando cortou 10 mil postos. O maior processo de reestruturação ocorreu em 2014, com 18 mil demissões relacionadas à integração dos negócios da Nokia.

A reestruturação busca reduzir níveis hierárquicos intermediários entre funcionários operacionais e alta gestão. Phil Spencer, responsável pela divisão de jogos da Microsoft, comunicou internamente que algumas atividades serão encerradas ou reduzidas para permitir foco em áreas consideradas estratégicas.

Desempenho financeiro em alta

As demissões contrastam com os sólidos resultados financeiros da empresa. Segundo relatórios trimestrais, a Microsoft registrou lucros significativos que superaram as projeções do mercado, mantendo-se entre as empresas mais rentáveis do índice S&P 500.

A companhia projeta crescimento de receita na casa dos dois dígitos para o próximo trimestre, impulsionado principalmente pelos serviços de computação em nuvem e soluções empresariais.

No mercado de ações, a Microsoft vinha registrando valorizações consistentes, com o papel atingindo máximas históricas recentemente. No pregão desta quarta-feira (2), as ações apresentaram leve queda no início das negociações.

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