Depois do surto de febre maculosa, Prefeitura de Campinas estuda castrar as capivaras da região

Após quatro mortes confirmadas por febre maculosa na cidade, a Prefeitura de Campinas está estudando castrar as capivaras que habitam os parques da localidade para aplacar o contágio da doença. Além da contenção da enfermidade, a ideia da esterilização pode também ser uma solução para regular  o crescimento  da população desta espécie, que esta desordenado devido, em grande parte, à extinção local da onça-pintada, principal predador do roedor. Dessa forma, segundo Paulo Anselmo, veterinário do Departamento de Bem Estar Animal (DPBEA), a solução pode ser a vasectomia nos machos e a ligadura nas fêmeas da espécie. “Nós já tentamos por três vezes controlar a população de capivaras, nenhuma deu certo. A gente tira as capivaras dos parques, mas os animais que estão nas redes de saneamento espalhadas pela cidade migram de volta”, disse o especialista em exclusividade para o site Jovem Pan. Anselmo alerta que a capivara em si não é a transmissora da febre maculosa, mas o contato próximo com elas pode transmitir, pois, segundo ele, “esse animal possui muitos carrapatos”, e um deles pode ser o carrapato-estrela, vetor da febre maculosa. 

Além da ideia da castração, a prefeitura de Campinas, por meio do projeto “Reconecta” tenta consertar o desequilíbrio ambiental. A iniciativa trabalha na construção de corredores que ligam as áreas de resquícios de floresta na região a fim de proporcionar maior interação entre a fauna e a flora. Com isso, de acordo com Anselmo, há uma busca de reequilibrar as espécies, bem como as presas e os predadores.