Deputado Alberto Neto diz que PL das Fake News prejudicará milhares de empregos: ‘Daqui a pouco você vai pagar para usar o Instagram’

Nesta terça-feira, 2 o programa Morning Show recebeu o deputado federal Capitão Alberto Neto. Em entrevista, ele falou sobre o PL das Fake News, projeto de lei da base governista que tem recebido muitas críticas nas plataformas digitais. “Esse projeto é muito danoso, eu entendo a revolta da comentarista [Antonia Fontenelle], ele pode prejudicar milhares de empregos no nosso país. Quantos negócios não surgiram das redes sociais? Esse projeto traz um ambiente muito insalubre para as redes sociais, muito inseguro. Vai reduzir o alcance, daqui a pouco você vai ter que pagar para acessar o Instagram, o Facebook, fora a questão da liberdade de expressão. Traz para o governo o que é fake news, o que é verdade ou mentira”, argumentou. “Hoje o Lula esteve com o Arthur Lira, há uma pressão de partidos que têm espaço no governo. Deputados que votaram contra o projeto estão sendo pressionados para mudar o voto. A gente precisa manter a mobilização até o último minuto. Essa cobrança do eleitor tem feito a diferença, mostrou que o jogo está igual. Estamos vivendo um momento complicado”, acrescentou.

Neto também opinou sobre o posicionamento públicos das big techs, como o Google, que exibiu na sua página inicial um artigo que argumenta contra o PL das Fake News. “As redes sociais vão colocar no algoritmo, vai ser uma censura prévia que nossa constituição não permite. A empresa que quer ter lucro não vai ficar cercando várias multas. No momento em que o Google deixa sua posição, mostrando que esse projeto vai atrapalhar o uso da internet, faz seu trabalho e mostra sua posição. Assim como as outras emissoras deixam suas posições e nem por isso o ministro Flávio Dino vai reclamar com as emissoras que são contra o projeto”, pontuou. “O Randolfe [Rodrigues, líder da oposição no Congresso] disse que vai acionar para bloquear as contas do Google. Que país estamos trilhando? Um país como os Estados Unidos ou como a Nicarágua? O projeto é muito ruim”, concluiu.