Deputado e policiais militares são investigados sob suspeita de integrar milícia na Bahia

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 7, a Operação El Patron, que cumpre 10 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão. Entre os investigados está o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, o Binho Galinha (Patriota). Segundo a PF, o parlamentar seria o líder de uma milícia que atua em Feira de Santana, na Bahia, em cidades vizinhas, onde foram cumpridos os mandados judiciais. Outras 14 pessoas também são investigadas, incluindo policiais militares. Ele é acusado de crimes como lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, além do sequestro de 26 imóveis, incluindo fazendas e veículos, e a suspensão de atividades econômicas de seis empresas. As investigações revelaram que a organização criminosa movimentou mais de R$ 100 milhões nos últimos dez anos, utilizando empresas para dar aparência de legalidade aos recursos.

A Promotoria também solicitou à Justiça o pagamento de multa superior a R$ 30 milhões por danos morais coletivos. A operação contou com a atuação de aproximadamente 200 agentes públicos, entre policiais, delegados, promotores de Justiça e auditores fiscais. Segundo as investigações, a organização criminosa liderada por Binho Galinha foi formada na década de 1990, após o assassinato de Oldair José da Silva Mascarenhas, conhecido como Dainho. A morte de Dainho deu ao grupo o monopólio do jogo do bicho na região de Feira de Santana. Ação foi realizada pela PF, em conjunto com o Ministério Público, Receita Federal e Secretaria de Segurança Pública da Bahia. A reportagem do site da Jovem Pan procurou a Polícia Militar e tentou contato com Binho Galinha, mas não obteve retorno até o momento.