Digitalização do compliance é realidade entre empresas brasileiras, diz estudo

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Um estudo realizado para identificar os principais desafios em Compliance das empresas brasileiras apontou que a tecnologia tem sido grande aliada para garantir a conformidade. Segundo a “Pesquisa Nacional sobre as Necessidades e Tendências do Compliance”, conduzida pelas empresas Aliant e Protiviti, que fazem parte da holding ICTS, 71% das empresas entrevistadas utilizam ferramentas automatizadas para implementar e gerenciar seu programa de Compliance, sendo a automação dos controles o principal benefício observado.

Dos entrevistados, a grande maioria (93%) afirmou que utiliza uma solução digital para o Canal de Denúncia da empresa. Para o estudo foram ouvidos 116 profissionais das áreas de compliance e executiva de 50 empresas de diferentes segmentos entre operações de médio a grande porte.

A pesquisa também constatou que 71% dos entrevistados adotam a ferramenta digital de Due Diligence de terceiros. Na avaliação do estudo, é notável que as empresas estão dando grande importância à verificação e à avaliação dos terceiros com quem fazem negócios.

Em se tratando do principal decisor na aquisição de uma nova ferramenta ou solução para a área de Compliance no Brasil, o Compliance Officer é o responsável, representando 46% das respostas.

De acordo com Mauricio Fiss, diretor-executivo da Aliant, com o avanço tecnológico, é possível afirmar que há um crescente entendimento sobre a importância de inserir o Compliance na era da transformação digital, levando as práticas de ética e compliance até o dia a dia dos colaboradores, onde quer que estejam.

“Apesar disto, vimos que uma parcela significativa das organizações, 29%, não adota nenhuma solução digital na sua rotina, o que demonstra como as práticas do compliance nestas empresas ainda são realizadas de forma pouco eficiente e com pouco apoio da alta gestão. Nos dias de hoje, é imprescindível se adotar ferramentas para otimizar a rotina e sensibilizar o máximo possível de colaboradores e terceiros com este tema tão importante que é o compliance”, esclarece Fiss.

Compliance e C-Level

A alta liderança das organizações tem um papel definitivo na busca por compliance, com a imensa maioria dos profissionais (97%) considerando que conscientizar e buscar apoio da alta liderança da empresa é a atividade mais importante da área.

Quanto aos desafios mais complexos, 77% dos respondentes apontaram a realização do monitoramento de terceiros, a demonstração dos benefícios do Compliance, a defesa do orçamento junto à alta administração, a inovação na forma de disseminar os conteúdos e os treinamentos de compliance.

Os riscos de fraude, combate à corrupção, lavagem de dinheiro e assédio, tanto moral como sexual foram considerados por 74% dos profissionais como os principais riscos a serem avaliados, monitorados e mitigados pela área de Compliance.

Compliance, ESG e negócios

O estudo revelou que o compliance é encarado pelos entrevistados como parte importante dos negócios e da transformação digital das empresas, com 87% manifestando a perspectiva de integrar o Compliance com a estratégia de negócios. Já 70% desejam inserir o compliance na transformação digital da empresa. Essas foram consideradas as tendências mais relevantes para os próximos dois anos na área, de acordo com o estudo.

Entretanto, a incorporação da agenda Environmental, Social and Governance (ESG) ao Compliance, está em uma posição mais baixa como tendência para os próximos dois anos, com apenas 53% das intenções.

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