Dívida pública brasileira recua quase 5% em 2022 e cai para 73,5% do PIB

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 30, um relatório com a situação da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que engloba governo federal, estaduais e municipais, além do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e empresas estatais – mostra que houve um saldo positivo em todos os setores da administração pública. De acordo com o informativo do órgão, o endividamento da gestão federal obteve um recuo de 4,8 pontos percentuais em relação a 2021 e fechou o ano passado com uma queda para 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB), num total de R$ 7,2 trilhões. De acordo com a série histórica do BC, trata-se do menor percentual registrado desde julho de 2017 – na ocasião, o endividamento foi de 73,2%. O órgão afirmou que o resultado da diminuição da dívidas públicas ocorreu em decorrência do aumento do PIB nominal, dos resgates líquidos de dívida e da incorporação dos juros nominais. Com o dado, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou um superávit de R$ 125,9 bilhões no último anos e deixou o poder com uma dívida menor do que a recebida pela gestão de Michel Temer (MDB), que concluiu sua passagem pelo Alvorada com uma dívida de 75,3%. Trata-se do segundo ano consecutivo com as contas públicas fechadas no azul. Já a dívida líquida do governo – descontada dos créditos a receber dos entes federativos e reservas cambiais – foi de R$ 5,7 trilhões, chegou em 57,5% do PIB e também registrou uma diminuição de 2,3 pontos percentuais em comparação a 2021.