Dólar desaba para R$ 4,80 e Bolsa fecha no maior nível em sete meses após anúncios dos juros nos EUA e rating do Brasil

Após o Federal Reserve decidir manter a taxa de juros entre 5% a 5,25% ao ano, o dólar comercial sofreu desvalorização de 1,14%, nesta quarta-feira, 14. A moeda norte-americana terminou o dia sendo cotada a R$ 4,807, menor valor desde 6 de junho de 2022. Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira teve alta de 1,99%, terminando a sessão com 119,068,77 pontos. O valor representa o melhor resultado para a B3 desde outubro de 2022. O índice chegou a desacelerar após a decisão do banco central norte-americano, mas voltou a subir após a S&P Global Ratings revisar as perspectivas econômicas do Brasil de um cenário estável para positivo. De acordo com relatório da instituição,  sinais de maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Já as bolsas norte-americanas reagiram de forma negativa à decisão do Federal Reserve. Os juros do país vinham de um logo período de altas, tendo sido elevados dez vezes consecutivas. Mesmo com a manutenção da taxa, ele ainda se encontra no maior patamar desde junho de 2006, quando foi de 5,25% ao ano. A autoridade monetária considerou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Contudo, a inflação continua elevada. “Manter o intervalo da meta estável nesta reunião permite ao Copom avaliar informações adicionais e suas implicações para a política monetária. Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política que pode ser apropriado para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os fatores econômicos e financeiros”, afirmou o grupo.