Doris: IA é base para provador virtual além de realidade aumentada

Marcos de Moraes, CEO da Doris e Lucas Santos, CIO da Doris

A necessidade de romper os padrões atuais do e-commerce e a sede para conquistar os Milleniuns foram os pilares para a criação da Doris – plataforma que usa Inteligência Artificial e computação visual para criar um provador virtual.

“Imagine entrar no site de uma loja, tirar duas fotos e experimentar as peças. Você gosta, vê qual o tamanho correto e compra. Essa foto ficou armazenada conosco. Então, foi ao shopping, passou em frente à outra loja que possui os QR Codes da plataforma. Você também consegue ‘vestir’ tudo o que está na loja física. Além disso, pode combinar com o que já foi comprado nas lojas anteriores”, explica Marcos de Moraes, CEO da empresa.

Em um primeiro momento, explica o executivo, a plataforma foi usada para o mercado masculino, por ser menos complexo. “Para a máquina aprender, é mais fácil. Aplicamos para a Reserva e tivemos 12% de conversão da Doris. Nem nos cálculos mais otimistas, prevíamos um resultado assim. Além disso, temos outros benefícios, como a logística reversa, que ainda não temos como mensurar”, comemora ele.

Lucas Santos, CIO da Doris, explica que mesmo que outras empresas tenham tentado fazer “provadores virtuais”, a grande diferença é o tempo. “Evoluímos muito em IA e toda a nossa arquitetura é feita em bases generativas. Há diferentes técnicas para entender a peça da roupa, onde é fundo da foto, onde é a pessoa, qual o caimento e a sensação que está vestindo aquela roupa.”

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Ele explica que grande parte do mercado tentou ir para um approach de realidade aumentada, mas RA tem diversos problemas de produto. Por exemplo, se uma pessoa está com uma blusa de manga longa e quer experimentar uma de manga curta. Além disso, fazer roupas em 3D custam caro e a escala é baixa.

A parte de tamanhos é uma solução complementar. “Para trazer uma recomendação de tamanho, a plataforma te pede algumas informações, como idade, altura, peso e gênero. Com base nisso, Doris recomenda. Ainda assim, pessoas com as mesmas características poderão ter caimentos diferentes ao experimentar a roupa”, diz Santos.

Para resolver o desafio, a IA da plataforma tem uma visão computacional que extrai todas as características do corpo e entrega a recomendação de medidas com assertividade de 98%, prometem os executivos.

“A gente investiu em IA um pouco mais de R$ 25 milhões. Entretanto, a nossa conversão é alta e temos dois modelos de negócios. Cobramos um percentual ou um percentual maior de acordo com o aumento de vendas. Nesse caso, caso a loja não tenha resultado, não paga nada para nós”, frisa Moraes.

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