Emae é vendida por R$ 1 bi em primeira privatização do atual governo de SP

A estatal Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) foi arrematada, nesta sexta-feira (19), no primeiro leilão de privatização do governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas pelo Fundo Phoenix, administrado pela Trustee DTVM,  na B3, em São Paulo. O Fundo Phoenix, que tem entre seus cotistas o empresário Nelson Tanure, arrematou a Emae por R$ 1,04 bilhão. Também participaram da disputa a Matrix Energy, ligada à comercializadora Matrix Energia, empresa detida pela DXT International S.A. (50,01%), parte do Grupo Duferco, e por fundos de investimento sob gestão da Prisma Capital (49,99%), e o grupo francês EDF.

Embora seja uma empresa pequena, a privatização da Emae tem grande significado para Tarcísio de Freitas, que consegue avançar com um processo que vinha sendo considerado um teste para a privatização da Sabesp. O vencedor do certame passará a gerir um ativo com 906 megawatts (MW) em geração hidrelétrica suficiente para abastecer 825 mil residências na Grande São Paulo.

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O principal ativo da Emae é a hidrelétrica de Henry Borden (889 MW). O portfólio conta ainda com outras três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), oito barragens e duas usinas elevatórias. Inaugurada em 1920 e localizada no pé da Serra do Mar, a empresa também tem papel importante no controle das cheias no Estado, regulando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê e ajudando a prevenir alagamentos. Para isso, é feito o bombeamento das águas do rio para o Reservatório Billings.

Outro serviço prestado pela Emae é a travessia por meio de balsa. A empresa transporta diariamente pessoas e veículos nas travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso. “Mensalmente, o serviço da Emae realiza uma média de 14 mil viagens e transporta gratuitamente 161 mil passageiros e 158 mil veículos”, informou o Governo do Estado.

No ano passado, a Emae teve receita líquida de R$ 603 milhões e valor de mercado, de R$ 2,3 bilhões. Além do governo paulista, participam da composição acionária da estatal a Companhia Metropolitana de São Paulo, a Eletrobras e uma parcela minoritária com outros acionistas. A fatia à venda corresponde às participações do governo e do Metrô, que somam quase 40% da empresa.

*Com informações do Estadão Conteúdo