Embaixador de Israel no Brasil admite escalada da guerra e vê risco em acordo com Hamas: ‘Não merecem confiança’

Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, na noite desta terça-feira, 10. Questionado sobre a guerra com o Hamas, reiniciada no último sábado, 7, o convidado admitiu que teme uma escalada no conflito entre países do Oriente Médio. “Tem possibilidade e é uma forte preocupação para nós. Não sei se você viu o discurso do presidente norte-americano (Joe Biden), que apoiou Israel. Ele disse que se mais alguém entrar em conflito com Israel. A ideia é que ninguém mais deve abrir guerra contra Israel. Além do Líbano, tem o Irã, que apoiou o planejamento deste ataque do Hamas. Também financiaram e treinaram. Eles podem preparar algum tipo de ataque do lado Norte de Israel. Esse também é um sinal para outros grupos terroristas. Essa também é uma resposta a eles. A comunidade internacional não vai aceitar”, declarou Zonshine, que ressaltou a importância do apoio de outros países. “Apoio pode ser uma maneira de ajudar com munição e equipamento militar. Para nós, é importante, seja bilateral, multilaterais. A condenação de terrorismo, para nós, é importante. Neste sentido, o apoio da comunidade internacional é importante”, acrescentou.

Na entrevista à Jovem Pan News, o embaixador de Israel no Brasil também mostrou que o movimento de negociar com o Hamas é extremamente arriscado, já que o grupo “não merece confiança”. Daniel Zonshine, por outro lado, informou que não houve nenhuma tratativa com os palestinos. “É um grupo terrorista. É difícil saber o que eles querem. Mais difícil saber se eles têm verdadeira vontade de negociar. Já vimos que a crueldade deles não merece uma confiança. Neste sentido, temos que ver se eles podem entrar em discussão. Agora, não falamos com o Hamas. Eles não aceitam a existência do Estado de Israel. A carta fundamental deles é destroçar o Estado de Israel. É muito difícil negociar com alguém que quer destruir você”, ressaltou. Em quatro dias de guerra, mais de 1.800 pessoas morreram, sendo mil em Israel e cerca de 800 na Faixa de Gaza.