Empresária conta como criou revista internacional que dá voz ao empreendedorismo feminino 

Nossa mulher positiva é movida pela liberdade geográfica, econômica e o desejo de conectar mulheres do mundo inteiro: Catarina Coelho. “Comecei trabalhando na área comercial, depois fui para o marketing de vendas de grandes empresas de segmentos diversos, alimentação, vestuário, etc. Também trabalhei na comunicação de uma grande rede de lojas, depois fui para o mercado financeiro e passei por dois grandes bancos. Foi nesta fase que abri uma empresa em sociedade com meu marido. Nesta época, fazia as duas coisas, trabalhava com meu marido e também na empresa. Fiquei 22 anos na área corporativa e faz 13 anos que empreendo”, diz. “Quando a empresa familiar cresceu muito, tive que decidir e resolvi sair do banco para me tornar somente empresária. Mais adiante, vendemos a empresa e nos mudamos para Portugal. Esta foi uma decisão estratégica e planejada. Cheguei em Portugal e, como tinha muita bagagem profissional obtida no mercado corporativo, decidi criar meu negócio baseada nos meus valores. Isto porque passei muito tempo trabalhando em empresas e não tinha tempo para minha família. Por isso, decidi criar a Rede Conexão como um negócio que tem, sobretudo, o objetivo de dar autoridade e liberdade profissional às mulheres”, acrescenta.

Como é formatado o modelo de negócios da Rede Conexão Mulher? Nosso formato de negócio é um ecossistema de produtos e serviços, entre eles, de comunicação, que visa conferir autoridade aos negócios femininos. Então, temos uma revista internacional que “fala” especificamente sobre empreendedorismo feminino, uma editora cujo objetivo é dar voz às mulheres. Temos os eventos que, da criação da Rede, há cino anos, até agora, somam 40 eventos presenciais e 55 online. Nossa bagagem é muito ampla, então, através deste formato, a mulher pode dar aulas, palestrar, oferecer treinamentos, etc. Também temos o podcast, nosso programa de rádio e uma assessoria de imprensa para que ela consiga se tornar, de fato, uma autoridade, e tenha mais visibilidade, consiga alavancar seu negócio e vender seus produtos ou serviços. Este modelo é até parecido com um holding bancária na qual são oferecidas várias possibilidades de serviços e produtos para cada momento do cliente. Então, minha cliente é a mulher empreendedora que pode vivenciar vários momentos dentro da Rede. Também vejo este modelo como um shopping, pois ali você pode caminhar, ir ao banheiro e encontrar uma amiga, mas, se você quiser consumir, você pagará por isso. Assim é a Rede Conexão, temos encontros e comunidades que permitem a conexão gratuita entre as mulheres, mas se ela quiser consumir um dos produtos, será dessa forma.

Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? A separação do meu marido, pois ele não compreendia o que eu queria fazer e não me apoiava. Chegou um momento em que eu viajava muito, ele se sentia sozinho e nós nos separamos por um ano. Depois disso, voltamos, e veio a pandemia. Primeiramente, a Rede começou só com eventos e quando a pandemia ocorreu, acabou o negócio. Foi aí que o reformulei e criei os outros produtos. No caso da separação, eu realmente estava em desequilíbrio, mas me posicionei porque era algo que eu desejava muito.

Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida e corporativa/empreendedora? Como citei na resposta anterior, eu realmente estava em desequilíbrio, então, hoje eu busco equilibrar meu tempo procurando entender minhas conquistas. Uma delas, por exemplo, foi a possibilidade de viajar durante quatro meses pela Europa de motor home, enquanto trabalhava e organizava eventos. Tudo isso no formato online. Para conseguir manter a produtividade deste trabalho, hoje priorizo meu bem estar, pois entendi que se estou bem, meu trabalho vai render. E quando estou muito cansada, eu paro e analiso os processos todos porque, às vezes, o desequilíbrio é causado por uma falha em alguma etapa dos processos. Também faço meditação e costumo fazer um ritual matinal para que consiga ser produtiva dentro da minha rotina que também é influenciada pelo fuso horário, assim, preciso ficar atenta para este aspecto.

Como começou a sua carreira? Comecei trabalhando na área comercial, depois fui para o marketing de vendas de grandes empresas de segmentos diversos, alimentação, vestuário, etc. Também trabalhei na comunicação de uma grande rede de lojas, depois fui para o mercado financeiro e passei por dois grandes bancos. Foi nesta fase que abri uma empresa em sociedade com meu marido. Nesta época, fazia as duas coisas, trabalhava com meu marido e também na empresa. Fiquei 22 anos na área corporativa e faz 13 anos que empreendo. Quando a empresa familiar cresceu muito, tive que decidir e resolvi sair do banco para me tornar somente empresária. Mais adiante, vendemos a empresa e nos mudamos para Portugal. Esta foi uma decisão estratégica e planejada. Cheguei em Portugal e, como tinha muita bagagem profissional obtida no mercado corporativo, decidi criar meu negócio baseada nos meus valores. Isto porque passei muito tempo trabalhando em empresas e não tinha tempo para minha família. Por isso, decidi criar a Rede Conexão como um negócio que tem, sobretudo, o objetivo de dar autoridade e liberdade profissional às mulheres.

Qual sua maior conquista? Pessoalmente, são meus filhos, vê-los criados, ver que se tornaram pessoas de bem representa uma grande conquista para mim. Já profissionalmente, foi realizar um grande evento de empreendedorismo na Europa, lançar um livro aqui em Portugal com um título diferente e impactar a cultura portuguesa. Lembro que Portugal é menor, quantitativamente falando, que São Paulo, então, estamos falando de um país inteiro em que, além disso, 70% da população é idosa. Por isso, vejo estes dois trabalhos como grandes conquistas. Além disso, há a conquista diária relacionada ao autoconhecimento que tenho buscado para me conhecer, entender e aceitar quem eu sou, e compreender o lugar que ocupo no mundo.

Livro, filme e mulher que admira. Livro: “Somos F*das”, é claro; e um livro muito importante: a Bíblia. Mulheres que admiro: a fundadora do Nubank, Isabel Junqueira, e Madre Tereza de Calcutá. Filme: Cruzada.

Qual seu maior sonho? Meu maior sonho é ter a real possibilidade de deixar um legado na vida das mulheres e possibilitar, através do meu trabalho, que elas entendam que podem conquistar o que desejam. Quando olho para trás e vejo tudo que construí e conquistei, eu entendo que, sim, esta é minha história e a valorizo. Por isso, meu maior sonho é poder impactar ainda mais pessoas com meu trabalho, fazer com que consigam gerar autoridade através do seu conhecimento e negócio; apoiá-las para que conquistem liberdade financeira e emocional. Tenho mais um sonho: ter tempo pra criar minha escola de psicanálise.