Na AL 40% das empresas migraram ou estão migrando para ERP inteligente

ERP inteligente

As empresas na América Latina estão buscando viver a próxima fase de suas jornadas de ERP à medida que se organizam em busca de mais eficiência e produtividade. Um novo estudo realizado pela NTT Data, em colaboração com o MIT Technology Review, revelou que na região, cerca de 40% das empresas já migraram ou estão em processo de migração para um ERP inteligente, e outros 49% planejam incorporar essa funcionalidade nos próximos três anos.

Os ERPs inteligentes possibilitam a integração de tecnologias avançadas, como machine learning, inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e automação, além de oferecer benefícios como o aproveitamento da análise de dados, eficiência de processos, otimização de recursos, melhor experiência do usuário e menores custos de manutenção. De acordo com o estudo, eles se revelam como um diferencial para acelerar a tomada de decisões, aumentar a produtividade dos colaboradores e, consequentemente, alavancar a competitividade das empresas da região.

Por que migrar para um ERP inteligente

Ao avaliar as motivações que levaram à incorporação de um ERP inteligente, 75% das empresas pesquisadas destacaram a eficiência, a padronização e a automação de processos como sendo os três principais motivos para a sua adoção. Para 66% das empresas ouvidas, o ERP inteligente é a plataforma utilizada para desenvolver sua estratégia de transformação digital, enquanto 50% admitem que a adoção foi consequência das pressões dos fabricantes.

Já em relação aos fatores críticos para a implementação, 75% destacam a importância de ter uma equipe treinada e com conhecimento dos processos de negócios, 70% atribuem maior importância à presença de um patrocinador do projeto e 34% priorizam a definição e a comunicação mais transparente dos objetivos e do escopo da implementação.

ERP inteligente esbarra em obstáculos

O estudo identificou, entretanto, que há alguns obstáculos para a adoção de um novo ERP. Entre os mais destacados estão a resistência à mudança, a falta de definição de processos, a adaptação do ERP em vez de sua adoção e baixa disponibilidade orçamentária.

Há ainda uma importante questão cultural corporativa como entrave. Para 85% dos entrevistados, o nível de comprometimento da alta administração é um dos principais fatores culturais que afetam o processo de implementação de ERP inteligente.

Ainda segundo o estudo, mais de 80% reconhecem que para uma adoção bem-sucedida é necessária uma equipe composta por profissionais de TI, consultores externos, usuários finais de ERP e representantes das diferentes áreas e departamentos da organização que possam ser impactados.

Salvador Sagrado, sócio e head de SAP&ES Américas da NTT Data, destaca que a implementação de um ERP inteligente na América Latina está ainda no começo. Para o executivo, essa realidade deve ser encarada como um verdadeiro desafio para entender quais foram as razões para que isso acontecesse e desenvolver estratégias para incentivar uma maior adoção na região. “À medida que mais organizações adotarem o ERP, veremos níveis maiores de excelência operacional e agilidade nos negócios na região”, comenta.

Para Luis Domingo Bartolomé, Partner da SAP&ES Américas da NTT Data Europe & Latam, a migração para um ERP inteligente é também uma grande oportunidade para as empresas da região, graças a novos modelos de licenciamento que podem ter um impacto positivo no custo total de propriedade (TCO, na sigla em inglês), resolver a obsolescência e os erros de implementação que persistem há décadas.

“Ao mesmo tempo, permitir que as empresas explorem plenamente os investimentos em outras tecnologias agora integradas, como automação, machine learning, inteligência artificial e análise de dados. O ERP digital melhora a agilidade e a velocidade de entrada no mercado e fornece informações importantes em tempo real para otimizar a tomada de decisões”, concluiu Bartolomé.

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