EXCLUSIVO: Elo intensifica jornada de nuvem em parceria com Microsoft e Avanade

Com um ecossistema de mais de 43 milhões de cartões ativos, a Elo vive um momento de conquistar um novo padrão de time-to-market. Em parceria com a Microsoft e a Avanade, o Microsoft Azure dará suporte de integração para a Avanade na jornada para a nuvem da administradora de cartões.

“Essa é uma parceria super estratégica. A Elo está em uma constante evolução, o mercado de meios de pagamento está em ebulição e um dos temas em pauta é a evolução da tecnologia. Nós já usamos a tecnologia, mas estamos em um momento de expansão de produtos, serviços, conexão de parceiros, experimentando novos modelos de negócios”, explica Eduardo Merighi, CTO da Elo, em entrevista exclusiva ao IT Forum. “Por isso, sentíamos falta de uma parceria mais estratégica. Chamamos de jornada cloud, mas é muito maior do que a nuvem. Queremos avançar não só em tecnologia, mas ser mais digitais e modernos.”

Júlio Gomes, vice-presidente de serviços financeiros da Microsoft Brasil, complementa ao dizer que há a parte de tecnologia com o auxílio para migrar os worloads para a nuvem, mas também há um comitê de inovação para discutir o que pode ser feito em conjunto. O projeto também contempla Inteligência Artificial, segurança, experiência do cliente. “Esse grupo discute quais são as inovações desejadas. O que vamos priorizar, quanto custará e o que será lançado.”

A terceira ponta da parceria é a Avanade. De acordo com Fábio Hasewaga, presidente da Avanade Brasil, o foco da consultoria é trazer o melhor da Microsoft para alcançar essa jornada. Desde alavancar a indústria de nuvem, também há uma metodologia e uma maneira provada de testar conceitos.

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“Quando temos uma ideia, conseguir testar esses conceitos, validar as premissas, é muito importante, usando muito do que a gente vê dentro da indústria financeira e com toda essa visão de vanguarda. Para gente, é uma simbiose positiva, onde usamos o melhor da tecnologia, indústria e da execução de consultoria”, diz Fábio.

O projeto, que começou no final de 2022, já a “pleno vapor”, segundo Eduardo. Os planos da Elo são ambiciosos: até o meio do ano migrar grande parte do workloud. Durante os cinco anos iniciais de parceria, o executivo acredita que poderá ter ganho financeiro e de eficiência de 30%.

“Também há outra meta. Com essa parceria aliada à tecnologia, tiramos o foco dos times de desenvolvimento de produtos de tecnologia, para que possam pensar mais estrategicamente. A gente espera que, ao longo dos cinco anos, a gente tenha um ganho no índice de produtividade de 25%”, complementa o CTO da Elo.

Próximos passos da Elo

Para Júlio, um dos diferenciais da Elo no início da concepção foi ter uma preocupação com a estratégia de migração – antes mesmo de escolher os parceiros. “Isso os ajudou até a escolher os melhores parceiros, questionando sobre sua própria estratégia e demonstrando os tipos de capacidades que eles precisariam. O mais importante é migrar os worklouds críticos para ter mais agilidade. IA, por exemplo, funciona se tiver na nuvem e a Elo está disposta a levá-los para ter mais inovação.”

A discussão sobre IA, inclusive, está no radar das empresas. Fábio contextualiza o momento atual, principalmente com a chegada do chatGPT, que mudará a forma em que vivemos. Ainda assim, esse é um estágio inicial de toda a capacidade de uso.

“Estamos fazendo vários pilotos e testes de conceitos. Desde as coisas mais simples, como subir todo o histórico de resultados de uma empresa de capital aberto, até usar o chatGPT para gerar insights na análise do resultado, para conseguir novas formas de se comunicar com um segmento de clientes específicos.”

A visão da Microsoft vai ao encontro com a premissa de democratizar a ciência de dados para aumentar a produtividade das pessoas. “Há uma enorme quantidade de dados no mercado financeiro que hoje não são usados para gerar valor para o cliente. Na hora da transação, todos esses dados estão em algum lugar on-premise, então, como eu combino isso para fazer uma oferta de melhor valor, para ele ter uma experiência melhor?”.

Segundo ele, a nuvem potencializou o processamento de mais dados, de maneira mais efetiva e com custo mais baixo. “Agora o que a gente está botando em cima da cloud são algoritmos e ferramentas que permitam tirar insights desse mar de dados.”

A segurança, por outro lado, é uma premissa muito forte. De acordo com Eduardo, um dos principais pilares da Elo é como oferecer segurança. “Toda essa fundação da cloud é security bydesigned. Não tem uma decisão que tomamos sem saber como estamos endereçando pontos de vulnerabilidades, como estamos seguros. Esse também é um ponto de agilidade para lançar produtos no mercado. Hoje eu tenho uma variedade tão grande de tecnologia que é mais difícil. Agora, cada time pode abstrair a questão de segurança porque essa parceria já está se preocupando. Vamos reduzir o time to market porque colocamos o time para pensar no produto ao invés da tecnologia.”

A consultoria da Avanade soma nessa proteção. Fábio comenta que existe toda a visão do desenho, do que está sendo construído e na arquitetura de execução. Já na área da Microsoft, uma das preocupações é que o desenvolvimento para cloud é diferente para o desenvolvimento on-premise. Por isso, a parceria também foca na capacitação dos profissionais.

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