Falta de talentos faz empresas brasileiras reduzirem produção

A falta de talentos qualificados é a principal preocupação que afeta a continuidade dos negócios na América Latina, revelou um novo estudo da Salesforce em parceria com a Morning Consult. O estudo, aplicado em outubro do ano passado, coletou cerca de 500 depoimentos de tomadores de decisão no Brasil, Argentina e México.

No Brasil, o estudo observou que as empresas também têm reduzido sua produção devido à escassez de mão de obra capacitada. Devido à ausência desses profissionais, 13% dos entrevistados afirmaram precisar recusar oportunidades de negócio, enquanto outros 12% disseram que a empresa necessitou ser temporariamente fechada.

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Nos países pesquisados, mais de 90% dos participantes da pesquisa esperam que as companhias com as quais tenham algum tipo de parceria tomem medidas para treinar suas equipe.

“Os insights do estudo nos indicaram como empresas brasileiras têm reagido aos desafios enfrentados nos últimos tempos e quais estratégias poderão ser tomadas para a conquista de melhores resultados a partir de agora”, destaca Thatiana Papaiz, diretora de desenvolvimento de práticas de parceiros na América Latina da Salesforce. “Capacitação gera oportunidades de negócio. É evidente que quanto mais a força de trabalho amplia conhecimentos e certificações, mais eficiência ganha na execução de projetos cada vez mais complexos que o mercado demanda”, conclui a executiva.

Efeitos negativos

O estudo reforça que a ausência de profissionais capacitados afeta a quantidade, a qualidade e a pontualidade do trabalho, gerando efeitos negativos para os funcionários tais como aumento da carga de trabalho, horas extras nos setores produtivos e necessidade de promover pessoas que não possuem qualificações necessárias para assumir funções com maiores exigências e responsabilidades.

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Já os profissionais brasileiros com idade mais avançada tendem a trabalhar em empregos que exigem menor qualificação. Se considerado também o gênero, as mulheres possuem forte presença nas organizações, embora ocupem menos cargos ou funções especializadas do que em serviços de administração.

No cenário brasileiro, a pesquisa ainda destaca que habilidades amplamente aplicáveis – como Tecnologias de Informação e Comunicação (45%), profissionalismo e trabalho em equipe (44%) – ocupam o topo da lista de prioridades para aprimoramento profissional.