‘Flordelis fazia rituais satânicos e comandava organização criminosa’, diz autor de biografia recém-lançada

Nesta terça-feira, 20, o programa Pânico recebeu o autor Ullisses Campbell. Responsável por grandes best-sellers, como as biografias de Elize Matsunaga e Suzane Richthofen, Campbell apresentou o seu mais recente trabalho “Flordelis: A Pastora do Diabo”. “A Flordelis fazia alguns rituais satânicos. Eu cataloguei todos os rituais que ela fazia e levei para o maior especialista que temos no Brasil, que disse que os rituais da Flordelis eram fajutos. Quando se fala ‘pastora do diabo’ é bom deixar claro que é uma expressão, é metafórico. Os rituais satânicos eram no impressionismo, mas eram personagens que não conversam entre si, ela usava isso para impressionar. As presas da Flordelis eram pessoas vulneráveis, meninos de rua”, explicou.

O jornalista comparou os crimes de Richthofen e Flordelis e deu detalhes de como a ex-deputada federal tramou a morte de seu próprio marido. “A engenharia que a Flordelis fez para matar o marido foi muito pior que a da Suzane. No caso do livro da Flordelis, o que tem mais de importante é que ele desmonta a ideia de que ela era uma supermãe, a mãe de 50. Ela não tinha uma família de 50 filhos, ela tinha uma organização criminosa, tudo capitaneado pelo Anderson. A Flordelis era um produto do Anderson. O Anderson projetou para ela o passo mais importante: ser deputada federal. Tudo um projeto do Anderson. Ele não só criou, ele vivia esse produto Flordelis”, afirmou. “Ela se sentiu uma mulher poderosa e decidiu se separar do marido. Ele criou o monstro e vivia a vida do monstro. Ela entregou a vida dela na mão do Anderson. Quando ela quis a vida dela de volta, o Anderson estava vivendo a vida dela, ele era considerado o deputado. A Flordelis, se soltasse no Congresso, não sabia nem caminhar. Quando ela decidiu ter a vida dela de volta, não tinha outro caminho a não ser exterminar o marido.”

Campbell explica que Flordelis chegou a cogitar diferentes métodos para matá-lo. “O ambiente familiar que ela criou era nocivo e tóxico. O Anderson descobre que tem esse plano, ele descobre no celular sincronizado no tablet dele. Ele comia os alimentos envenenados e ia parar na emergência com intoxicação alimentar, gastrite aguda. Uma das filhas tomou o suco de laranja e passou mal. As coisas foram dando errado, então contrataram um matador de aluguel”, disse. “O modus operandi da Flordelis é muito parecido com o do João de Deus. É igual o médico abusador, o predador aproveita a fragilidade e ataca as vítimas. Essas pessoas chegam com uma dívida de gratidão”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Ullisses Campbell: